Dia com muito para contar ainda antes da etapa começar. Os 199 quilómetros viram-se reduzidos a 74,6 quilómetros, o que resultou na eliminação da primeira subida do dia, com os ciclistas a iniciarem a etapa no sopé de Croix de Coeur. Curiosamente, os ciclistas estavam contra fazer a descida, devido à sua perigosidade, no entanto a organização, em posterior acordo com os ciclistas, optou por este novo traçado. A etapa começou por voltas das 14 horas, já sem Mads Pedersen, e viu ataques mal a estrada inclinou.



Valentin Paret-Peintre, Jefferson Cepeda, Thibaut Pinot, Bruno Armirail, Derek Gee, Matthew Riccitello e Einer Rubio formaram a fuga do dia, Hugh Carthy chegou a estar na frente mas recuou para o pelotão. Na subida, Armirail e Riccitello não conseguiram seguir o ritmo dos restantes, principalmente Pinto, o ciclista mais interessado, não só pelos pontos da montanha mas também pela geral. O pelotão seguia o seu ritmo, sempre com a INEOS Grenadiers no comando, e, no topo, a diferença era de 1:45.

A fuga arriscou na descida, ao contrário do grupo dos favoritos, muitos ciclistas reentraram, e isso permitindo aos 5 fugitivos continuarem a ganhar tempo, entrando na subida final de Crans Montana com 3 minutos de vantagem. Pinot tentou por várias vezes, Paret-Peintre foi o primeiro a quebrar, Gee chegou a estar atrasado, recolou e atacou, e foi no contra-ataque de Pinot que a fuga se partiu de vez. Estávamos a 9400 metros do fim, Cepeda primeiro e Rubio depois conseguiram fazer a ponte, com este filme a repetir-se mais algumas vezes.



A primeira mexida no grupo dos favoritos foi feita por Lorenzo Fortunato, com o primeiro nome sério a atacar a ser Hugh Carthy. O gigante britânico fê-lo a 5500 metros do fim e, ao mesmo tempo, na frente, o seu companheiro Cepeda deixava Pinot e Rubio para trás, só que, tal como tinha acontecido aquando dos ataques de Pinot, o trio voltava a unir-se. Carthy chegava rapidamente a Fortunato, abrindo um espaço de 20 segundos para o pelotão, sempre controlado pela INEOS.

Sem muita colaboração no grupo, Pinot fez os quilómetros finais na frente e o cenário só mudou no sprint final. Cepeda tentou surpreender, atacando a 500 metros do fim, só que o sprint fez-se demasiado longo para o equatoriano. Pinot respondeu mas foi Rubio quem passou para a frente a 250 metros para nunca mais ser apanhado. O colombiano pedalou para o triunfo, com Pinot a chegar a 6 segundos e Cepeda a 12 segundos.

Dentro do grupo dos favoritos, a Bahrain-Victorious tentou mexer, com Damiano Caruso a mexer a 2 quilómetros do fim, com Thymen Arensman a fechar rapidamente o espaço. Mais movimentações só na chegada, com o acelerar final e João Almeida, Geraint Thomas, Primoz Roglic, Lennard Kamna e Damiano Caruso a chegarem juntos e a ganharem tempo a todos. Pelo meio chegou Hugh Carthy, ganhando 6 segundos aos grandes favoritos.



Contas feitas, Thomas passa mais um teste e segue na liderança do Giro d’Itália com os mesmos 2 segundos de vantagem para Roglic e 22 para João Almeida, que reforçou a liderança da juventude.

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