O dia de hoje está a ser muito movimentado em termos de transferências e horas depois de Mikel Landa ter sido anunciado na Bahrain-Merida foi confirmada mais uma das grandes movimentações deste mercado! Falamos de Elia Viviani e da sua ida para a Cofidis. Os rumores já eram muito e hoje, tudo se confirmou, com o italiano a assinar pela equipa francesa, levando consigo, tal como esperado, o seu lançador e companheiro Fabio Sabatini.
Aos 30 anos, e depois das duas melhores temporadas da carreira, Viviani deixa a Deceuninck-QuickStep e, pela primeira vez, o World Tour. Começou na Liquigas, onde esteve entre 2010 e 2014, seguindo-se 3 anos na Team Sky. Na equipa italiana conseguiu um total de 30 vitórias, apenas 3 no World Tour, e, como na altura estava já tapado por um ciclista chamado Peter Sagan decidiu mudar de ares.
A escolha podia ter sido melhor pois sabe-se logo que a Team Sky não aposta em sprinters mas o nível de vitórias foi melhorando. Venceu no Giro 2015, começou a ganhar com mais regularidade no World Tour, conseguindo a Clássica de Hamburgo e a Clássica de Plouay em 2017 só que faltava uma equipa em seu torno e decidiu mudar de ares. Precisava disso aos 28 anos.
Contratado para ser o substituto de Marcel Kittel, Elia Viviani cumpriu na perfeição o planeado. Para já, 25 vitórias em menos de 2 anos, 18 delas no World Tour e 8 delas em Grandes Voltas, para além de um título de campeão nacional italiano. As duas melhores temporadas da sua carreira, onde atingiu o estatuto de um dos melhores sprinters do Mundo, sempre rodeado por um comboio excelente. Por isso, também se torna natural a ida de Fabio Sabatini, um homem de confiança com quem já tinha trabalhado, também, na Liquigas.
Não deixa de ser surpreendente a saída de Viviani da Deceuninck-QuickStep no entanto é sabido que o orçamento da equipa belga não é o mesmo de outros tempos e, como o italiano referiu numa entrevista publicada hoje na Gazzeta dello Sport, “houve negociações para a renovação mas depois de Julian Alaphilippe ter renovado tudo mudou”. Na Cofidis, o ex-campeão italiano será o principal sprinter, já que Nacer Bouhanni está de saída, e especula-se que a equipa terá apelado por uma licença no World Tour e, mesmo que tal não aconteça, terá sempre wildcards para as principais provas. Viviani continua a ser dos mais rápidos do Mundo, viu-se ontem na Prudential RideLondon, no entanto o comboio da QuickStep “deu-lhe” muitas vitórias, algo que em 2020, na Cofidis, pode, muito bem, não acontecer, o que faz com que Sabatini tenha uma pressão suplementar para realizar bons lançamentos.