Volta a Portugal de regresso à estrada após o dia de descanso e no menu havia uma terrível chegada em alto em Miranda do Corvo, uma subida nova na prova. A primeira hora de corrida foi de loucos, com o pelotão com as energias repostas depois de ontem não ter havido etapa, a fuga demorou tanto a formar-se que cumpriram-se 48 quilómetros nos primeiros 60 minutos. Até deu para o pelotão disputar a primeira meta volante do dia, com João Matias a alargar a vantagem sobre Scott McGill na luta pela camisola verde.
Entre ataques e mais contra-ataques, a escapada só se formou mesmo por volta do quilómetro 80, sendo composta por Robin Carpenter, Juan Antonio Lopez Cozar, Gaspar Gonçalves, António Barbio, Hugo Nunes e Unai Iribar, aos quais ainda se juntaram António Ferreira e José Maria Garcia, alguns quilómetros mais tarde. A Glassdrive/Q8/Anicolor controlou sempre este grupo de perto, apesar de Hugo Nunes ser o mais próximo da geral, longe ainda do camisola amarela. Micael Isidoro ainda logrou chegar à frente, depois de uma perseguição a solo, a tempo de secundar Hugo Nunes na subida de 4ª categoria.
A formação do líder acelerou ainda mais a faltar 20 quilómetros para a meta e colocou a fuga a apenas 30 segundos e no início da subida ficou já havia pelotão compacto, depois de uma luta intensa pela colocação. A Glassdrive comandava o grupo e na entrada da fase mais dura Jesus Del Pino saltou do grupo com o colombiano Yesid Pira, sendo apanhado a cerca de 5 kms da meta, mesmo depois de uma altura em que Marque sofreu uma avaria, ficando também prejudicado Emanuel Duarte na troca de bicicletas dentro da formação de Tavira.
António Carvalho ia fazendo o trabalho e reduziu o grupo a uma dezena de unidades, impedindo Marque de colar, quebrando também a resistência de Delio Fernandez. Tudo culminou no ataque de Frederico Figueiredo, nas rampas mais duras da subida e o ciclista português rapidamente ganhou metros atrás de metros, enquanto Maurício Moreira passava por dificuldades na companhia de António Carvalho.
Estavam intermédios Luís Fernandes, Henrique Casimiro, André Cardoso e Barry Miller, que perdiam cerca de 40 segundos para Frederico Figueiredo. Com a ajuda do seu colega, Maurício Moreira recolou na fase mais plana, perdendo o contacto logo de seguida novamente, devido a uma aceleração forte de Henrique Casimiro.
Frederico Figueiredo voou baixinho e triunfou mesmo no Observatório de Vila Nova, com 37 segundos para o grupo perseguidor, liderado por Henrique Casimiro, logo seguido por Luís Fernandes e Mauricio Moreira. Isso valeu a liderança a Frederico Figueiredo, com 7 segundos sobre o seu colega de equipa. Nota ainda para as excelentes exibições de Barry Miller, Gonçalo Leaça e Yesid Pira, muito melhores do que na etapa da Torre.
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Foto: FPC