Aos 35 anos, aquele que é considerado por muitos o melhor sprinter de todos os tempos, está de regresso a uma das melhores equipas do Mundo, onde já foi muito feliz. Mark Cavendish chegou a acordo com a Deceuninck-Quick Step para regressar a uma estrutura que representou entre 2013 e 2015, com muito sucesso, medido pelos 44 triunfos que alcançou nessas 3 temporadas.
Com 146 vitórias na carreira, 48 delas em Grandes Voltas, desde 2017 que Mark Cavendish só conseguiu festejar por 2 vezes. Tem sido uma enorme travessia no deserto, entre a Dimension Data e a época na Bahrain-McLaren, com doenças e problemas físicos a marcarem os últimos anos. Falava-se mesmo que 2020 seria a última época de Cavendish enquanto ciclista profissional, havendo até algumas despedidas entre colegas de profissão nas clássicas belgas.
Mas afinal foi a Quick-Step e Patrick Lefevere a estender a mão ao campeoníssimo britânico. A grande questão é se aos 35 anos, e com tantos problemas de saúde nos últimos anos, Cavendish ainda tem vitórias nas pernas, e se tem confiança para tal. Lefevere acredita que sim, em declarações no comunicado oficial menciona que “estamos felizes com o seu regresso à sua família, é um líder e traz com ele muita experiência que pode partilhar com os nossos jovens, mas ao mesmo tempo estamos confiantes que ainda tem algo para dar à equipa”.
Na nossa opinião será muito complicado vermos o “míssil da ilha de Man” a levantar os braços de novo no World Tour, claramente já lhe falta aquela explosão necessária para competir com Ewan, Demare ou Bennett. No entanto, uma coisa é certa, se há equipa onde Cavendish pode voltar a vencer é na Quick-Step, que por vezes faz verdadeiros milagres. Parece-nos que é uma excelente jogada de marketing e um bonito gesto por parte da formação belga acolher assim um campeão naquela que muito provavelmente será a última temporada no pelotão