As provas por etapas já escasseiam no entanto não é sinónimo de falta de corridas. Hoje, foi dia de muito ciclismo e, para além do Gran Premio Bruno Beghelli foi dia para clássicas na França e na Bélgica, duas das maiores nações do desporto. Começando por terras gaulesas, correu-se a última prova da Taça de França, o Tour de Vendee.

199,5 quilómetros entre Challans e La Roche-sur-Yon num percurso não muito duro mas onde as diferenças se fizeram ainda longe de meta. A cerca de 100 quilómetros da chegada, o pelotão partiu-se, graças à Groupama-FDJ, ficando na frente um grupo de 35 ciclistas. Foi desse grupo que saíram 6 ciclistas, entre os quais Clement Venturini, para formar a fuga do dia.



Uma acalmia no pelotão, levou à junção de grupos mas a Groupama-FDJ manteve-se muito ativa, voltou ao trabalho e anulou a escapada já dentro da última volta ao circuito de La Roche-sur-Yon. Nesses últimos 30 quilómetros viu-se uma AG2R La Mondiale muito combativa, sempre ao ataque. Benoit Cosnefroy conseguiu fazer a diferença mas levou consigo 3 ciclistas muito rápidos, de seu nome Marc Sarreau, Christophe Laporte e Bryan Coquard. Num final em ligeira subida, o mais rápido acabou por ser o jovem Sarreau, que conquistou a 4ª vitória da temporada. Laporte foi 2º e Coquard 3º. Esta vitória também assegurou a Marc Sarreau o triunfo na geral da Taça de França, com 211 pontos contra os 170 de Benoit Cosnefroy, 4º no dia de hoje.

Na Bélgica foi dia para La DH Famenne Ardenne Classic. Uma competição algo dura, com bastantes subidas e que contava com a presença de Mathieu van der Poel. Seu apanágio, o holandês voltou a atacar de longe, integrando a fuga do dia, e, tal como aconteceu no passado domingo, voltou a não ter sucesso. A 40 quilómetros do final começaram as movimentações no pelotão, com Timo Roosen a atacar.



Tom Van Asbroeck, Aime De Gendt e Baptiste Planckaert fizeram a ponte para a frente perto da volta final, à falta de 25 quilómetros e, estando mais frescos, conseguiram distanciar-se dos restantes nas poucas colinas que faltavam. A vantagem deste grupo nunca foi muito grande e os ataques constantes no pelotão fizeram com que a frente de corrida mudasse constantemente.

À entrada do quilómetro final surgiu a movimentação decisiva, com Dimitri Claeys a distanciar-se de Timo Roosen e Baptiste Planckaert, o trio que ia escapado. O combativo belga da Cofidis colocou um ritmo infernal, deu tudo até à meta, alcançando a primeira vitória da temporada. Esgotadíssimo, Claeys nem festejou apesar da margem de 5 segundos para Planckaert e 7 para Roosen. O pelotão chegou a 17 segundos onde Mathieu van der Poel sprintou para 6º lugar.



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