De uma forma lógica, a Israel Start-Up Nation tem sido uma das equipas mais activas neste mercado de transferências. A contratação de Chris Froome despoletou outras mais, um recrutamento necessário para o apoio ao múltiplo vencedor do Tour.



Hoje de manhã anunciou um reforço surpreendente, principalmente porque Michael Woods estava ligado contratualmente à EF Pro Cycling até ao final de 2021 e afinal vai representar a formação israelita na próxima época. O canadiano deixa a estrutura liderada por Jonathan Vaughters depois de 5 épocas recheadas de bons resultados.

Woods não cai na Israel Start-Up Nation de para-quedas, visto que já conhecia Sylvan Adams (dono da equipa) e Paulo Saldanha (performance manager) desde 2013 e foram eles que convenceram Woods a tornar-se ciclista profissional e a abdicar dos empregos que tinha, pode-se ler no comunicado. Paulo Saldanha tem sido o treinador pessoal de Woods, que entrou no ciclismo profissional bem tarde, aos 27 anos, depois de ter praticado atletismo quando era mais novo.



A sua aptidão foi notória, na 1ª corrida no World Tour fez 5º no Tour Down Under e desde então tem vindo sempre a subir nos rankings, em 2018 fez 2º na Liege-Bastogne-Liege e 3º nos Mundiais de estrada, tendo ganho 1 etapa na Vuelta e no ano passado terminou de forma brilhante a temporada ao ser 2º no Giro dell’Emilia, 1º na Milano-Torino e 5º no Giro di Lombardia. A própria equipa diz que o seu papel será liderar nos Monumentos e nas restantes clássicas e ajudar Chris Froome nas Grandes Voltas. Woods é um excelente trepador e a sua capacidade explosiva permite-lhe ser uma garantia nas provas de 1 dia.

Já ontem tinham sido anunciados 2 reforços, ambos de países da Oceânia. O mais conhecido é Patrick Bevin, que curiosamente também passou pela EF Pro Cycling em 2016 e 2017. Depois mudou-se para a BMC em 2018, passando para a CCC Team em 2019. Bevin tem características diferentes de Woods, é muito completo, destacando-se no contra-relógio em algumas provas. No entanto não sobe nada mal e é explosivo, permitindo-lhe discutir algumas corridas de 1 semana.

Aos 29 anos Bevin já tem alguma experiência, tendo realizado 5 Grandes Voltas. No entanto, falta-lhe algum traquejo a trabalhar para um grande líder, só finalizou 1 dessas 5 Grandes Voltas e terá de se adaptar às novas funções. Tem tudo para ser um ciclista bastante útil, terá de mudar o chip e possivelmente deixará de ter algumas oportunidades de se intrometer nos sprints.

A 3ª e última contratação que vamos falar hoje é a de Sebastian Berwick, jovem de 20 anos que corre neste momento pela St.George Continental Team. Berwick obteve alguns resultados de valia internacional enquanto junior e este ano surpreendeu ao ser 2º no Herald Sun Tour, apenas atrás de Jai Hindley, ficando à frente de Damien Howson ou Neilson Powless. É um corredor que terá oportunidade para crescer visto que a Israel Start Up-Nation tem por hábito fazer um calendário bem alargado. Berwick tem características de trepador.



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