Dia 1 de Agosto abriu oficialmente o mercado de transferências no ciclismo, apesar da maioria das mudanças já estar acordada entre os ciclistas e as equipas, estas só as podem anunciar em comunicado a partir do mês de Agosto. E se o primeiro dia foi calmo, o 2º dia do mês já está a aquecer.
Já não é a primeira vez que Matteo Trentin surpreende ao mudar de equipa. No defeso de 2017 terminou a sua relação com a estrutura da Quick-Step depois de 6 temporadas muito bem sucedidas e depois de uma época de 2017 que foi a sua melhor de sempre, com 4 triunfos em etapa na Vuelta.
A sua adaptação à Mitchelton-Scott foi complicada, a primeira temporada de clássicas não correu bem e lesionou-se no Paris-Roubaix, o primeiro pódio só surgiu na Volta a Polónia e funcionou com grande injecção de confiança, vencendo nos Europeus e no Tour of Guangxi. 2019 foi bem diferente, ganhou logo a abrir (1 em Valencia e 2 na Andaluzia) e fez top 10 em 4 clássicas no World Tour. Realizou um grande Tour, ganhou a etapa 17 em Gap com uma exibição incrível e terminou em 6º na classificação por pontos depois de uma regularidade incrível.
Por isso acaba por ser surpreendente que o italiano de 30 anos saia da Mitchelton-Scott para ingressar na CCC Team, apesar deste rumor já circular há algumas semanas. Principalmente porque a grande aposta da CCC Team foi Greg van Avermaet e Trentin deverá precisamente focar-se nas clássicas novamente e na caça de etapas em Grandes Voltas. Não que ter 2 líderes seja mau, até porque existem sempre quedas, azares e dias maus, mas exige outra gestão interna. Veremos como os dois funcionam em conjunto numa CCC Team que promete atacar o mercado em força e dar um grande salto qualitativo em 2019, fala-se também na contratação de Ilnur Zakarin. Para já Matteo Trentin assinou por 2 temporadas e também reforça que a grande aposta da Mitchelton-Scott são mesmo as Grandes Voltas com os irmãos Yates.