Tempo para a etapa rainha da edição deste ano da Volta a Catalunha. Dia muito duro, com cerca de 4000 metros de desnível acumulado positivo e nova chegada em alto, desta vez a Port Ainé. A luta pela presença na fuga foi intensa e foi em plena ascensão ao Port de Toses que um grupo conseguiu sair e ganhar alguma vantagem ao pelotão. Thomas de Gendt, Louis Meintjes, Rigoberto Uran e Lennard Kamna eram alguns dos 12 ciclistas que estavam na frente. A presença do alemão da Bora-Hansgrohe estragava o plano aos restantes elementos do grupo pois estando a apenas 1:33 na liderança a INEOS Grenadiers nunca deu muita margem à escapada.

O grupo manteve-se unido até Prt d’El Cantó, subida onde Lennard Kamna atacou bastante cedo. O alemão estava com bastante vontade e, rapidamente, foi ganhando tempo ao grupo onde estava inserido e para o pelotão, que chegou a estar a 3:30. A INEOS Grenadiers organizou-se, aos poucos foi apanhando os restantes elementos da escapada e, já no início da escalada final para Port Ainé só sobrava Kamna com 2:15 de vantagem.

A dureza da subida fez das suas e à falta de 14,5 quilómetros da chegada Kamna era alcançada após um grande trabalho de Rohan Dennis no pelotão. Seguiu-se Richard Carapaz e nem pequenos ataques de Steven Kruijswijk e Esteban Chaves fizeram tremer o comboio da formação britânica que continuou seguro subida acima. Chaves chegou a ter 30 segundos de avanço mas foram os esboços de ataques de Enric Mas e Nairo Quintana que começaram a espevitar o grupo no entanto nenhum ataque sério surgiu.

Richie Porte fez um trabalho incrível levando o grupo mesmo até ao final. Os ataques não surgiram e Esteban Chaves pôde celebrar o triunfo em Port Ainé, uma vitória muito importante para si. Michael Woods liderou o grupo perseguidor a 7 segundos, com Geraint Thomas a ser 3º e Adam Yates 4º, suficiente para manter a liderança. João Almeida foi 13º a 25 segundos. Na classificação geral, Yates segue líder, com 45 segundos de avanço para Porte e 49 para Thomas. João Almeida é, agora, 7º a 1:07.