O final da primeira semana da Vuelta mostrou uma etapa atacada desde o início, com muitas tentativas de fuga. Os ataques foram-se sucedendo mas só foi com mais de 80 quilómetros disputados é que se formou a escapada, com Lilian Calmejane, Rudy Molard, Damiano Caruso, Geoffrey Bouchard, Romain Bardet, Julen Amezqueta, Martijn Tusveld, Rafal Majka, Angel Madrazo e Olivier le Gac.
Numa primeira fase foi a Jumbo-Visma a controlar a diferença no entanto a INEOS Grenadiers queria endurecer a corrida e fê-lo até ao topo do Alto Collado Venta Luisa, começando a reduzir o pelotão. Também na frente se viam movimentações, com Damiano Caruso a passar em solitário, com cerca de 2 minutos de vantagem para o pelotão.
O veterano ciclista italiano foi mantendo o seu ritmo e alargando a vantagem para o grupo perseguidor, que já estava mais reduzido (Majka, Bardet, Bouchard e Amezqueta), e para o pelotão. A Jumbo-Visma voltou a tomar conta da corrida na descida, impôs um ritmo mais baixo e Caruso entrou na subida para o Alto de Velefique, a 13 quilómetros do fim, com 5 minutos de vantagem. O grupo perseguidor também estava distante, a 3:20.
Depois de algum descanso na roda, a INEOS Grenadiers voltou a chegar-se à frente logo após o começo da subida final. A primeira grande vítima do ritmo da equipa britânica foi Mikel Landa, com o basco a ceder a mais de 10 quilómetros do final! Tudo isto levou aos primeiros ataques, novamente com Adam Yates a mexer-se, levando consigo Miguel Angel Lopez e Sepp Kuss.
Steven Kruijswijk foi obrigado a trabalhar, não durou muito e sentindo o perigo, Primoz Roglic fez a ponte com relativa facilidade, tal como Enric Mas. Egan Bernal demorou mas também conseguiu encostar. O grupo abrandou e mais uma dezena de ciclistas conseguiu reentrar. Yates voltou a tentar duas vezes e foi só à segunda que partiu a corta!
Roglic e Mas conseguiram fazer chegar ao britânico e a 4 quilómetros do fim deixavam-no para trás. Os dois ciclistas colaboraram bem e foram aumentando a vantagem para os rivais. Alheio a toda esta guerra, Damiano Caruso fez a sua subida, soube gerir a vantagem que trazia, e no final celebrava o triunfo no Alto de Velefique. Roglic foi 2º a 1:05 e Mas 3º a 1:06.
As diferenças feitas no final foi grande, com Haig, Lopez e Yates a chegarem a 1:44, Mader a 2:07 e Ciccone e Bernal, que quebrou bastante, a 2:10. Aleksandr Vlasov e Mikel Landa foram os grandes derrotados do dia, perdendo 3:48 e 5:04 respetivamente. Na classificação geral, Primoz Roglic é mais líder, agora com 28 segundos de vantagem para Enric Mas e já 1:21 para Lopez. Haig está a 1:42, Bernal a 1:52 e Yates a 2:07.