Início de todas as decisões no Giro d’Itália, com mais uma grande etapa de montanha! Mais um começo a todo o gás, com diversos ataques e contra-ataques, incluindo do líder da montanha Ben Healy, no entanto a fuga não se formou até à primeira subida do dia, já com 30 quilómetros percorridos. Os muitos ataques deixaram na frente uma fuga muito perigosa, constituída por Thibaut Pinot, Marco Frigo, Derek Gee, Aurelien Paret-Peintre, Filippo Zanna, Warren Barguil e Vadim Pronskiy.
Pinot era quem mais tinha a lucrar com a presença na frente, não só pelos pontos da montanha, mas também pela classificação geral. O francês passou na frente as 3 primeiras contagens de montanha, sem oposição, e somou 84 pontos “fáceis”, o que permitiu regressar à liderança da classificação. Até aos 25 quilómetros para o final, já depois de passada a subida de Forcella Cibiana foi este o filme da etapa na frente. No pelotão, depois da fuga ter atingido os 6 minutos de vantagem, a INEOS Grenadiers decidiu aumentar o ritmo, Laurens de Plus assumiu o comando do grupo bastante cedo e, no topo da subida, a diferença já era inferior a 5 minutos e o grupo dos favoritos esava reduzido a menos de 20 atletas.
Rapidamente os ciclistas dirigiram-se para os 11 quilómetros finais e para as últimas duas subidas, com a fuga (já sme Pronskiy), com a fuga a entrar com 4:45 de vantagem para o grupo dos favoritos que, na descida, viu alguns ciclistas reentrarem. Se nas primeiras rampas ninguém ficou para trás, mal as grandes inclinações se comeaçaram a notar, Pinot forçou o ritmo e apenas Zana ficou consigo. Faltavam 8300 metros e tínhamos 2 ciclistas na frente, os mesmos dois que passaram na frente no topo da subida e iniciaram a subida final na frente.
Entre os favoritos as mexidas aconteceram quando apareceu a parte mais dura da subida de Coi. Sepp Kuss pegou na corrida e só o aumentar de ritmo do norte-americano partiu por completo o grupo. Apenas Primoz Roglic, Geraint Thomas e Eddie Dunbar seguiram Kuss, o ciclista da Jumbo-Visma voltava a estar muito forte na montanha e, atrás, era Jay Vine quem “rebocava” João Almeida subida acima, passando a 10 segundos no topo da subida, depois de ter estado mais distante. Pelo meio, Roglic ainda mexeu, o que fez com que Dunbar descaísse para o grupo do português.
Vine deu tudo o que tinha e João Almeida apenas ficou sozinho nos últimos 2 quilómetros, altura em que Roglic e Thomas também já estavam sozinhos e colaboravam, na tentativa de ganhar mais tempo aos rivais. O português chegou a estar muito perto de fazer a colagem mas o quilómetro final foi fatal, já que a diferença alargou e, no final cifrou-se em 21 segundos. No sprint final, Filippo Zana foi superior a Thibaut Pinot e averbou a vitória mais importante na sua ainda curta carreira como profissional, ainda para mais com a camisola de campeão nacional.
Contas feitas Geraint Thomas parte para a decisiva jornada de amanhã com 29 segundos sobre Primoz Roglic e 39 segundos para João Almeida. Eddie Dunbar subiu a 4º a mais de 3:30 e Thibaut Pinot ascendeu de 13º a 7º.