Primeira etapa em linha desta Volta a Portugal e pela frente uma maratona de 193,5 kms entre Vila Franca de Xira e Elvas. Logo à saída da cidade da Área Metropolitana de Lisboa lançou-se um trio na frente, composto por Fergus Browning, João Macedo e José Maria Garcia, que tiveram a companhia ainda de Victor Manakov, após uma feroz perseguição do russo. O pelotão cedeu cerca de 4 minutos até que a Glassdrive/Q8/Anicolor chegou-se à frente na perseguição, contando com alguma ajuda da Caja Rural e da Burgos-BH.

A diferença baixou rapidamente e o grupo principal ia controlando entre 1 e 2 minutos de vantagem, enquanto Browning passava na frente dos sprints intermédios e João Macedo ganhava o sprint pela contagem de montanha de 4ª categoria. Na fuga o primeiro a ceder foi Manakov, seguiu-se Browning e a cerca de 35 kms do final ficou sozinho João Macedo na frente, com o pensamento de vestir a camisola da montanha pois ainda faltava 1 subida categorizada.

O ciclista da LA Alumínios/Credibom/MarcosCar foi alcançado ainda durante essa subida e assistiu-se a um sprint pelos 3 pontos que permitiriam uma subida ao pódio. André Ramalho lançou Rodrigo Caixas, que só foi ultrapassado por Hugo Nunes nos metros finais, com o corredor da Rádio Popular/Paredes/Boavista a garantir a subida ao pódio. Seguiu-se um ligeiro período de anarquia que foi aproveitado pela sempre combativa Human Powered Health, que lançou Kyle Murphy e Joey Rosskopf na frente, este último estava muito próximo da amarela de Rafael Reis.




Este poderoso duo ganhou cerca de 20 segundos pois só a Glassdrive/Q8/Anicolor perseguia até que o pânico instalou-se no pelotão e várias equipas chegaram-se à frente à entrada dos 5 kms finais. Tiraram alguns segundos, mas voltou a aumentar quando Murphy ficou para trás e Rosskopf ficou sozinho. O final muito técnico beneficiou o norte-americano, ajudado por uma perseguição desorganizada, que foi apanhado mesmo antes do quilómetro final.

Uma queda partiu o pelotão ao meio, com Tomas Contte e André Cardoso a ficarem muito maltratados, numa altura em que a Wildlife Generation Pro já tomava controlo das operações. Um ciclista do Boavista tentou surpreender, o espaço foi fechado pela formação de Mortágua para João Matias e o sprint foi lançado por Thomas Armstrong, que até fechou ligeiramente João Matias. O vencedor foi claro e veio de trás, sem desacelerações e foi o norte-americano Scott McGill, premiando o trabalho da sua equipa, em particular de Noah Granigan. O britânico Oliver Rees foi 2º e Mauricio Moreira foi 3º, logo seguido por João Matias e Thomas Armstrong.

A queda não afectou os tempos da geral e Rafael Reis conservou a liderança. João Macedo foi o mais combativo da jornada e Hugo Nunes ficou com a camisola da montanha.

Foto: FPCiclismo

By admin