Dia de Ronde van Vlaanderen, uma das provas mais importantes do Mundo e para os belgas a Clássica do ano! Como é habitual neste tipo de provas, a luta pela presença na fuga foi intensa, muitos ciclistas queriam estar na frente. Um grupo de 9 elementos teve essa liberdade, destacando-se a presença de Taco van der Hoorn, Max Kanter, Stan Dewulf e Manuele Boaro.



Numa longa clássica, o pelotão comandado pelas equipas da Quick-Step e da Alpecin-Fenix deu alguma liberdade à fuga, os mais de 250 quilómetros que ainda restavam permitiam isso. A corrida começou a animar a 95 quilómetros da chegada, depois de um ataque de Nathan van Hooydonck e Jonas Koch, um enorme grupo perseguidor formou-se, com bastantes nomes interessantes, entre os quais Mads Pedersen, Zdenek Stybar, Alberto Bettiol, Ben Turner, Ivan Garcia e Gianni Vermeersch.

Logo a seguir, Christophe Laporte, Anthony Turgis e Florian Vermeersch iam ao chão, conseguindo recolar, num período de acalmia no pelotão, antes da segunda passagem pelo Oude Kwaremont. Tadej Pogacar queria mostrar-se desde cedo e, a 55 quilómetros do fim, o esloveno acelerava forte num dos mais importantes setores do dia. As diferenças eram curtas, Pogacar passava a voar e todos os grupos que estavam para a frente eram apanhados pelo grupo do campeão do Tour de France.



O Paterberg estava logo de seguida, onde Fred Wright e Dylan van Baarle se conseguiram destacar do pelotão. O grupo dos favoritos voltava a partir-se, Kasper Asgreen chegou a estar atrasado, mas a Quick-Step conseguiu fazer a junção antes do Koppenberg. Um novo ataque de Pogacar, desta vez no Taaienberg, rebentou com a corrida. Apenas Van der Poel e Madouas conseguiam seguir o ritmo diabólico do esloveno. A 38 quilómetros do fim, no Steenbeekdries, os dois grupos da frente juntavam-se, tendo cerca de 30 segundos de vantagem para os restantes favoritos.

As subidas que se seguiram não viram a corrida mexer, tudo se manteve inalterado até ao Oude Kwaremont, a 18 quilómetros do fim, com o grupo dos favoritos a já 1 minuto. Pogacar (quem mais?) voltou à carga e só Van der Poel conseguiu aguentar a ofensiva do esloveno. Muito rapidamente este duo chegou ao Paterberg, onde Pogacar voltou a forçar mas novamente sem sucesso.



Até ao final não existiram ataques, o duo manteve-se unido, começando apenas a entreolhar-se no quilómetro final. O ritmo baixou bastante, parecia que estavam numa corrida de pista, e o golpe de teatro surgiu com Madouas e Baarle a chegarem a apenas 300 metros do fim, já em pleno sprint. Van der Poel arrancou logo, Pogacar demorou a reagir e isso foi fatal para o esloveno que ficou fechado pelos dois ciclistas que entretanto tinham chegado. Alheio a esta confusão, Van der Poel sprintou para a vitória e para o 2º Tour de Flandres da carreira! Baarle foi 2º, Madouas 3º e, incrivelmente, Pogacar ficou fora do pódio. Stefan Kung completou o top-5.

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