Terminaram meses de calvário para Mihkel Raim. O ciclista da Estónia, que representou a Israel Start-Up Nation nas últimas temporadas, finalmente encontrou equipa para 2021, algo que procurava há muito tempo e que mencionava publicamente desde Novembro.




Basta ir à conta de Twitter de Mihkel Raim para ver o quanto ele queria continuar como ciclista profissional. No final de Novembro deu uma entrevista aberta e honesta sobre a desilusão que tinha sido a sua Vuelta, em Dezembro pediu ao Pai Natal um contrato para 2021 e no início de Fevereiro ainda não tinha a sua situação resolvida, voltou a falar à imprensa, desta vez ao Cyclingnews, nessa altura fazia parte dos 9 ciclistas do World Tour em 2020 ainda sem contrato para 2021 (entretanto houve mais um abandono e Rossetto encontrou equipa)

Mihkel Raim tem agora 27 anos e conta com 13 vitórias na carreira, venceu todas as épocas desde que se tornou profissional. No currículo já conta com 2 títulos nacionais e etapas na Colorado Classic ou na Vuelta a Castilla y Leon, tem uma boa ponta final, passa bem a média montanha e adora uma clássica dura em condições complicadas, como provou na Great War Remembrance Race. Em 2020 ganhou a 1ª etapa do Tour of Antalya diante de Marko Kump e Kenneth van Rooy.




Claramente com nível e qualidade para representar, pelo menos, uma equipa Profissional Continental, Raim vem de um país com pouca representação e tradição e não parece entrar propriamente no jogo de interesses financeiros (já se manifestou contra ciclistas pagarem a equipas para correr e equipas pagarem a organizações), talvez isso o tenha prejudicado. Em 2021 irá representar a Mazowsze Serce Polski, foi a equipa que lhe deu uma segunda oportunidade, uma segunda vida no ciclismo profissional e será o seu lar nos próximos meses.

É uma formação polaca, relativamente desconhecida, mas que foi a melhor Continental europeia segundo os rankings da UCI. Obteve mais de 1 dezena de vitórias e o seu melhor ciclista foi Jakub Kaczmarek e contará com nomes como Alan Banaszek, Pawel Bernas, Piotr Brozyna, Karol Domagalski e Adrian Kurek. Raim será o único ciclista não polaco no plantel de 17 corredores e tem tudo para pegar de estaca, está com muita vontade e fará um calendário adaptado às suas características.