Uma das clássicas mais espetaculares da temporada estava no menu de hoje e, ao contrário dos últimos anos, não havia chuva nem vento para dificultar ainda mais a tarefa dos ciclistas.



As dificuldades existentes nos primeiros quilómetros do GP Le Samyn levou à formação da fuga, onde estavam Alexis Gougeard, Tom Dernies e Gianni Marchand. Mesmo só com 3 ciclistas na frente, o pelotão liderado pela Deceuninck-QuickStep nunca deu muita margem ao trio.

A entrada no circuito final, a ser percorrido por 4 vezes, levou à primeira divisão no pelotão e ao fim da fuga. Só podia ser a Deceuninck-QuickStep a endurecer a corrida e, com isto, a equipa belga atacou, metendo um ciclista na fuga, Remin Cavagna, que seguiu acompanhado por Loic Vliegen e Stefan Dewulf.

Cada vez que se entrava num setor de empedrado o pelotão partia por completo. Sem ninguém na frente, a Direct Energie de Niki Terpstra via-se obrigada a perseguir. O holandês ainda esboçou um ataque, a 50 quilómetros do fim, anulando a fuga.



A corrida acalmou um pouco, permitindo a reentrada de mais de 20 ciclistas na frente e, de seguida, voltaram os ataques. Já com menos de duas voltas para o final foi a vez de Pieter Serry e Aime de Gendt tentarem a sua sorte. Nunca tendo mais de 20 segundos, este grupo esteve sempre perto, o que levou Tim Declercq, Jesper Asselman, Elmar Reinders, Stijn Vandenbergh e Remy Mertz a fazerem a ponte, à falta de 25 quilómetros.

Várias equipas tinham 2 elementos na frente e isso fez com que o grupo colaborasse bem, fazendo subir a diferença para o pelotão, que chegou a ser de 35 segundos, que só não aumentou mais devido ao trabalho da Direct Energie.

Num dos últimos setores, e com a diferença em apenas 10 segundos, Niki Terpstra atacou e fez a ponte para a frente de corrida num instante, trazendo consigo Florian Senechal e Lars Boom. Os ataques ficaram guardados para os últimos 3000 metros, que foram emocionantes.



Senechal tentou no último setor de pavê, Boom e Terpstra conseguiram segui-lo mas o grupo partiu-se. Sem muita colaboração, Declercq, de Gendt e Reinders juntaram-se à frente de corrida e à entrada do quilómetro final, foi Declercq a lançar um forte ataque.

Parecia que o belga iria para o triunfo no entanto foi já no sprint final que o gigante foi apanhado. Boom foi o primeiro a lançar o sprint, talvez cedo demais, e custou-lhe caro. Bem protegido vinha Florian Senechal que, com um sprint muito vigoroso, conseguiu uma vitória fácil, dando mais uma à Deceuninck-QuickStep. Aimé de Gendt foi 2º e Niki Terpstra completou o pódio.

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