Mais um dia no Criterium du Dauphine, com o terreno a continuar a complicar-se, já que a etapa de hoje apresentava uma chegada num pequeno topo e prováveis novas diferenças na classificação geral. A primeira hora de corrida foi bastante rápida, com muitas tentativas de fugas mas sem que nenhuma conseguisse ter liberdade por parte do pelotão para fugir. Foi já depois da primeira contagem de montanha, com mais de 50 quilómetros percorridos, é que a escapada se formou e com um grupo bastante numeroso.



Nans Peters, Jonathan Castroviejo, Andrea Bagioli, Dries Devenyns, Andrey Amador, Georg Zimmermann, Matteo Jorgenson, Matteo Trentin, Axel Zingle, Lawson Craddock, Mathieu Burgardeau, Matteo Vercher, Alexis Vuillermoz e Simon Gugliemi era os 14 fugitivos do dia e, com tantos ciclistas na frente, o pelotão nunca deu mais de 3 minutos de avanço. Várias equipas passavam pelo comando do pelotão e isso era fundamental para a fuga não ganhar muito tempo.

A corrida voltou a animar a 22 quilómetros do fim, na ascensão ao Col des Aravis, com Castroviejo, Zimmermann e Burgardeau a distanciarem-se dos restantes companheiros de fuga, formando a nova frente de corrida. Com mais de minuto e meio de vantagem para o pelotão, este trio entendeu-se muito bem nos quilómetros seguintes e foi abrindo espaço para os antigos companheiros de fuga em direção às duas últimas contagens de montanha do dia, que apareceu de forma encadeada.

O Côte de Notre-Dame-de-Bellecombe foi feito a ritmo tanto na frente como no pelotão, ao contrário da subida final para Crest-Voland. A 1800 metros do fim, Zimmermann acelerou na frente, nunca conseguiu uma vantagem sólida e isso permitiu a reentrada de Burgardeau a menos de 500 metros do fim. A vitória estava entre estes dois, o francês chegava cheio de confiança e arrancava a 250 metros do fim, só que Zimmermann ainda tinha algo mais para trás e, no sprint final, não deu hipóteses, conquistando a vitória, a 1ª do ano. Burgardeau foi 2º e a 8 segundos, Castroviejo completou o pódio.



No pelotão, foi o inevitável Vingegaard a mexer, à entrada do quilómetro final, um ataque que não teve consequências, já que, 48 segundos depois, os favoritos chegavam todos juntos, com Giulio Ciccone a encabeçar o grupo. O dinamarquês da Jumbo-Visma segue líder à partida para o fim-de-semana decisivo com o mesmo 1:23 de vantagem para Ben O’Connor.

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