Gianni Moscon já é um nome habitualmente ligado a controvérsia no mundo do ciclismo. Vários são os episódios em que foi excluído de provas importantes. Primeiro os Mundiais de Bergen, em 2017, quando se apoiou no carro de equipa para regressar ao pelotão e, em 2018, no Tour de France, quando agrediu a soco o francês Elie Gesbert durante uma etapa.
Pelo meio, ficou um episódio de racismo com Kevin Reza, no Tour de Romandie 2017. Também Sebastian Reichenbach denunciou Moscon de má conduta, acusando-o de provocar uma queda durante uma corrida, um caso que chegou à UCI mas não teve desenvolvimento pois não existiam vídeos.
2019 foi um ano sem casos mas esta temporada Moscon já voltou a ser falado e, outra vez, pelos piores motivos. Faltavam 65 quilómetros na Kuurne-Bruxelles-Kuurne quando aconteceu uma queda no pelotão, onde ficou envolvido, entre outros, Gianni Moscon. Uma bicicleta caiu em cima do italiano e, enquanto procurava a sua para retomar a corrida, o ciclista da Team INEOS atirou a bicicleta que tinha caído em cima de si contra um ciclista da B&B Hotels – Vital Concept.
Moscon werpt boos andermans fiets in de beek na deze valpartij. De gevolgen zijn zwaar: diskwalificatie pic.twitter.com/QHb3L94RHk
— sporza (@sporza) March 1, 2020
Os comissários viram o incidente e tomaram medidas. 15 quilómetros passados e Gianni Moscon era, de forma natural, desqualificado da corrida. Visivelmente frustrado, o italiano retirou os seus dorsais do equipamento, rasgando ambos, num sinal de clara falta de respeito para com a organização.
#KBK20 – Moscon reaction to DSQ pic.twitter.com/ygM4us8xnz
— La Flamme Rouge (@laflammerouge16) March 1, 2020
O dia de hoje marcou mais um episódio negativo na carreira de Moscon e, como já referimos, são já alguns. Veremos quais serão as consequências deste ano para o ciclista de 25 anos. A Team INEOS já se pronunciou sobre o caso, pela mão de Gabriel Rasch, diretor desportivo da equipa. O norueguês “achou a desqualificação justa”, acrescentando que “temos que falar com ele e apoiá-lo a fazer as coisas certas para não voltar a acontecer, mas nada é garantido.”