Dia para o 3º Monumento da temporada, o tão aguardado Paris-Roubaix. A expectativa era muita e os ciclistas entraram em prova cheios de vontade fazendo mais de 46 quilómetros na primeira hora de corrida, sem que uma verdadeira fuga se tenha formado, apesar de muitos ataques.



A entrada nos setores de empedrado, o Troisvilles a Inchy, a 160 quilómetros do fim, levou a que um grande grupo conseguisse escapar ao pelotão. Mais de 20 elementos estavam na frente, com destaque para Yves Lampaert, Nils Politt, Damien Guadin, Matteo Trentin e Danny van Poppel.

Com muitas equipas representadas na frente, Team Sky e Bahrain-Merida viram-se obrigadas a perseguir quando a diferença atingiu os 50 segundos de vantagem com a fuga a ser apanhada por um pelotão cada vez mais pequeno, pois as dificuldades começavam a aparecer.

A 110 quilómetros do fim, o pelotão estava partido em dois, com Peter Sagan e Oliver Naesen a estarem no segundo grupo, no entanto o trabalho das suas equipas fez com que este grupo chegasse à frente poucos quilómetros para trás. Um dos mais azarados foi Alexander Kristoff que, com 2 furos e um problema mecânico, estava a 2 minutos da frente à entrada do Troueé d’Areneberg.



O pelotão entrou neste famoso setor com Greg van Avermaet a liderar, alongando bastante o pelotão. Somente Stijn Vandenbergh esboçou um ataque, ganhando alguns metros para o pelotão onde Wout van Aert foi o único dos favoritos a ficar para trás depois de ter descaído para a berma, o que o fez perder bastante tempo.

Com muito sacrifício, o belga voltou a chegar à frente de corrida mas teve que trocar de bicicleta e, quando tentava voltar a colar, caiu. Incrivelmente, Wout van Aert voltou a chegar ao grupo dos favoritos alguns setores de empedrado depois.

Os principais favoritos estavam sempre muito atentos na frente e, num período de maior acalmia, Nils Politt, Wesley Kreder, Philippe Gilbert e Rudiger Selig saíram do grupo dos favoritos, ganhando, rapidamente, 20 segundos.

No mesmo local do ano passado, no início do setor 12, Peter Sagan lançou-se ao ataque, levando a companhia de Sep Vanmarcke, Yves Lampaert, Wout van Aert, Ivan Garcia, Marc Sarreau e Christophe Laporte, sendo que estes 3 últimos pouco duraram na frente, tal como Kreder e Selig.



O grupo da frente manteve-se unido, entrando nos últimos 40 quilómetros com 1 minuto de vantagem para o grupo perseguidor onde não existia nenhuma equipa que assumia a perseguição. Os ataques no grupo só surgiram a 22 quilómetros da chegada, com Gilbert a destacar-se com Sagan e Politt. Pouco depois, Lampaert e Vanmarcke saíram do grupo perseguidor, onde Van Aert já estava em grandes dificuldades após um dia de muito desgaste.

No Carrefour de l’Arbre, Yves Lampaert aumentou o ritmo para um ataque de Gilbert a quem só Sagan conseguiu seguir. Este duo não colaborou e o grupo voltou a juntar-se antes de novo setor, onde Nils Politt se lançou na ofensiva. Peter Sagan ficou sem reação e foi preciso Gilbert para fazer a ponte.

Sem forças no grupo perseguidor, Politt e Gilbert foram ganhando segundos atrás de segundos, entrando com mais de 45 segundos nos derradeiros 5 quilómetros de prova. O grupo perseguidor foi-se desmembrando aos poucos, com Vanmarcke a ser assistido por avaria mecânica e Sagan a abrir para o lado, deixando Lampaert sozinho.

Foi Nils Politt a entrar na frente no velódromo de Roubaix, fazendo o último quilómetro na frente. Gilbert estava na posição perfeita e a 200 metros da meta arrancou para a vitória, conquistando o tão desejado Paris-Roubaix. O ex-campeão do Mundo procurava, há muito, este triunfo e este ano conseguiu-o. Politt foi 2º e, a 13 segundos, chegou Yves Lampaert para completar o pódio.




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