Depois das jornadas para os sprinters, foi tempo da RCS Sport, entidade organizadora do Giro, revelar hoje as etapas de média montanha que João Almeida e companhia terão de enfrentar em 2022, tiradas que muitas vezes se transformam num louco espectáculo e que fazem parte da magia da Volta a Itália.
Podemos considerar que haverá um total de 7, umas mais talhadas para puncheurs, outras para trepadores e uma ou outra chance mais óbvia para as fugas. Logo o primeiro dia na Hungria tem uma chegada em pequeno topo, ou num falso plano, ideal para os sprinters que gostam de uma chegada em ligeira subida.
A primeira grande etapas de média montanha é ao 7º dia, com final em Potenza e quase 200 kms, parece-nos daquelas jornadas que tem um potencial tremendo para uma fuga enorme e um espectáculo de início ao fim, com 2 contagens de 2ª categoria e uma de 1ª categoria pelo meio, já haverá algumas diferenças estabelecidas na geral até porque as previsões apontam para uma chegada ao Etna na 4ª tirada.
Ontem já tínhamos falado que este lote de etapas de média montanha provavelmente teria alguma mais direccionado para os sprinters e a 8ª etapa, com partida e chegada a Nápoles encaixa-se na perfeição nessa descrição. Relativamente curta, 150 kms, sem grandes subidas, trata-se de um circuito relativamente fácil de controlar e o desgaste acumulado ainda não é enorme.
Mesmo na 10ª tirada, com chegada a Jesi, não é impossível vermos um sprinter a triunfar. A primeira metade é totalmente plana e a segunda metade tem 3 contagens de 4ª categoria, a última delas a cerca de 8 kms da meta, que antecede uma aproximação muito rápida. A 12ª jornada entre Parma e Génova é das mais óbvias para uma escapada, com o Monte Becco, uma dura contagem de 2ª categoria já dentro dos 30 kms.
A 14ª etapa entre Santema e Torino é o clássico carrossel italiano, um sobe e desce constante, já vimos grandes espectáculos neste tipo de traçado, onde a colocação é essencial. Pena que apenas terá 153 kms. A última tirada que, segundo a organização, se encaixa neste lote, é a 19ª, sendo que poderia perfeitamente estar nas de alta montanha, tendo em consideração que tem uma duríssima contagem de 1ª categoria já dentro dos 50 kms finais, em território esloveno, e uma chegada em alto numa contagem de 2ª categoria.