Inicialmente previsto para começar em Budapeste, o Giro d’Itália e a RCS Sport tiveram que arranjar uma alternativa depois da Hungria ter abdicado da partida. A ilha de Sicília já iria receber a corrida após o começo naquele país, no entanto foi a solução encontrada para receber a Grande partida, acolhendo as 4 primeiras jornadas da competição, incluindo um contra-relógio e a chegada ao Monte Etna.



Entre Monreale e Milão distam 21 etapas e 3317,9 quilómetros. A média de quilometragem do Giro 2020 engana e muito, 158 kms não corresponde à realidade da prova por 1 razão. São 3 os contra-relógios, o primeiro a abrir o Giro em Palermo, com 15,1 kms e o último a fechar o Giro em Milão, com 16,5 kms. Pelo meio a etapa 14 será também um esforço individual, com 33,7 kms entre Conegliano e Valdobbiadene.

Em contraste haverá um total de 8 (sim, 8!!!!) jornadas com 200 kms ou mais. 5 delas estão colocadas de forma consecutiva entre as tiradas 16 e 19, sendo que 3 delas são de alta montanha e uma última a rondar os 200 kms (198 kms e também de alta montanha). Será uma primeira semana relativamente calma, onde o Etna logo à 3ª etapa dará para fazer as primeiras diferenças. A fase intermédia do Giro terá algumas ligações perigosas, primeiro porque são efectuadas junto ao mar e segundo por tem aquelas jornadas de média montanha capaz de romper pernas, um pouco à imagem do Tirreno-Adriatico.



A fase final do Giro é marcada pela alta montanha, incluindo algumas com mais de 5000 (!!!) metros de desnível acumulado. Nas últimas 4 jornadas em linha há um total de 3 chegadas em alto, primeiro Madonna di Campiglio, depois Laghi di Cancano e ao penúltimo dia Sestriere, sempre com muitas subidas longas pelo meio.

Na teoria, os diversos contra-relógios favorecerão os voltistas mais completos, que irão ganhar tempo face à concorrência, mas também teoricamente terão mais dificuldades nas etapas com muito acumulado, capazes de fazer muitos minutos de diferença entre os favoritos. Outro aspecto positivo é o facto de haver corrida até ao último dia, não vai haver a habitual etapa de consagração em Milão.



Percurso etapa a etapa:

1ª etapa, Sábado 3 de Outubro: Monreale – Palermo, 15,1 kms. Contra-relógio individual

2ª etapa, Domingo 4 de Outubro: Alcamo – Agrigento, 149 kms. Colinas

3ª etapa, Segunda 5 de Outubro: Enna – Etna, 150 kms. Montanha

4ª etapa, Terça 6 de Outubro: Catania – Villafranco Tirrena, 140 kms. Média montanha

5ª etapa, Quarta 7 de Outubro: Mileto – Camigliatello Silano, 225 kms. Média montanha

6ª etapa, Quinta 8 de Outubro: Castrovillari – Matera, 188 kms. Média montanha

7ª etapa, Sexta 9 de Outubro: Matera – Brindisi, 143 kms. Plano

8ª etapa, Sábado 10 de Outubro: Giovinazzo – Vieste, 200 kms. Colinas

9ª etapa, Domingo 11 de Outubro: San Salvo – Roccaraso, 208 kms. Montanha

10ª etapa, Terça 13 de Outubro: Lanciano – Tortoreto, 177 kms. Colinas

11ª etapa, Quarta 14 de Outubro: Porto Sant’Elpidio – Rimini, 182 kms. Plano

12ª etapa, Quinta 15 de Outubro: Cesenatico- Cesenatico, 204 kms. Média montanha

13ª etapa, Sexta 16 de Outubro: Cervia – Monselice, 192 kms. Plano

14ª etapa, Sábado 17 de Outubro: Conegliano – Valdobbiadene, 34,1 kms. Contra-relógio individual

15ª etapa, Domingo 18 de Outubro: Base Aerea Rivolto – Piancavallo, 185 kms. Montanha

16ª etapa, Terça 20 de Outubro: Udine – San Daniele del Friuli, 229 kms. Média montanha

17ª etapa, Quarta 21 de Outubro: Bassano del Grappa – Madonna di Campiglio, 203 kms. Montanha

18ª etapa, Quinta 22 de Outubro: Pinzolo – Laghi di Cancano, 207 kms. Montanha

19ª etapa, Sexta 23 de Outubro: Morbegno – Asti, 253 kms. Plano

20ª etapa, Sábado 24 de Outubro: Alba – Sestriere, 198 kms. Montanha

21ª etapa, Domingo 25 de Outubro: Cernusco sul Naviglio – Milão, 15,7 kms. Contra-relógio individual


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