Depois de um prólogo, uma chegada ao sprint em grupo compacto e uma etapa de média montanha que acabou com um grupo reduzido hoje era o dia de todas as decisões no Troféu Joaquim Agostinho, com a já tradicional escalada ao Alto do Montejunto feita pelo Avenal, conhecida como o “Angliru” do Oeste. A etapa começou muito animada, demorou cerca de 20 quilómetros até um grupo se consolidar na frente, hoje composto por Victor Garcia, José Gutierrez, Hugo Nunes, Xavier Sanchez, César Martingil, Joan Rossello, Angel Rebollido e Santiago Mesa.
Xavier Sanchez era o mais bem posicionado a 1:17 e o grupo chegou a ter mais de 3 minutos de diferença, relativamente curta devido ao controlo da Glassdrive e da formação de Tavira. Joan Rossello aproveitava para consolidar a camisola da montanha, era esse o grande objectivo do corredor da Electro Hiper Europa e esta tentativa de fuga estava mais do que controlada não obstante uma última tentativa de Hugo Nunes, que ainda passou na frente na Ota.
O ciclista da formação do Boavista ainda foi alcançado por 4 colegas de fuga novamente e a escapada foi anulada mesmo no início do Montejunto, numa altura de grande luta pelo posicionamento. A subida nem começou muito bem para a Glassdrive, Mauricio Moreira viu-se envolvido num incidente, só que as coisas começaram a melhorar quando Frederico Figueiredo atacou nas rampas super empinadas do Avenal, ganhando vantagem sobre a concorrência. Coube às outras equipas perseguir e os comandados de Ruben Pereira aproveitaram isso mesmo, enquanto a Efapel se concentrava em Tiago Antunes, que era 2º à geral.
Maurício Moreira fez uma recuperação estoica após a queda, de tal forma que atacou e já via Frederico Figueiredo quando este cruzou a linha de meta a festejar. Ele que é um verdadeiro especialista nesta chegada, foi 1º em 2022, 2º em 2021, 3º em 2019 e este ano repetiu o triunfo. Maurício Moreira foi 2º e fez mais do que o suficiente para levar para casa a camisola amarela, a classificação geral e assim juntar mais esta corrida ao seu palmares a nível nacional. E a cereja no topo de bolo foi o 3º posto de Artem Nych, pódio completo para a Glassdrive/Q8/Anicolor no Montejunto e em consequência pódio completo na geral também, com Nych em 2º e Frederico em 3º. O melhor dos “outros” foi o checo Michal Schlegel, a 42 segundos do vencedor. James Whelan ainda foi 5º pela Glassdrive, Afonso Eulálio foi um incrível 4º na etapa e subiu a 6º, enquanto Tiago Antunes quebrou um pouco na parte final e terminou em 7º. Nota ainda para os jovens Alejandro Franco em 9º e Hélder Gonçalves em 11º.
Frederico Figueiredo foi também rei e senhor das classificações secundárias, levou a classificação por pontos e a classificação da montanha, esta última devido a uma distribuição nada equitativa de pontos, Bennassar ganhou tantas contagens e somou 27 pontos, enquanto que neste final havia 2 contagens de 1ª categoria numa subida só e como foi o mesmo corredor a passar na frente levou 40 pontos. Afonso Eulálio ficou com a juventude e neste cenário de domínio quase que nem é preciso dizer quem ganhou colectivamente.