Os nossos leitores decidiram e elegeram Sepp Kuss como o gregário de 2023. Num total de 298 votos (obrigado pela participação), o ciclista da Jumbo-Visma obteve uma vitória esmagadora perante a concorrência, arrecadando 265 votos, o que corresponde a 89%. Clean sweep da equipa neerlandesa no que diz respeito ao pódio, com Wout van Aert a ser 2º, com 17 votos, e Nathan van Hooydonck 3º, com 4 votos, empatado com Dylan van Baarle e Felix Grossschartner. No dia de amanhã, sairá a 5ª sondagem, onde vamos eleger a desilusão do ano.

Após os nossos leitores terem dado a sua opinião, é hora das 2 pessoas que colaboram neste projeto também irão deixar o seu ponto de vista fundamentado em relação à sua escolha.

 

André Esteves – Sepp Kuss

Mais uma vez, volto a concordar com os leitores que elegeram Sepp Kuss como o grande gregário da temporada. Em temporadas anteriores, o norte-americano já nos tinha habituado a grande exibições, “entregando” vitórias importantes aos seus líderes mas com o que fez este ano foi algo de muito especial. Abriu o ano a ter uma rara oportunidade de liderança, terminando em 5º no UAE Tour. Seguiu-se a Volta a Catalunha onde levou Primoz Roglic à vitória. Não estava para fazer o Giro mas uma série de ausência levaram Kuss até Itália. Apareceu na semana final, salvou Roglic no Monte Bondone e, no final, o esloveno venceu o Giro.




Voltou no Tour de France, gregário de luxo de Jonas Vingegaard, mais uma série de enormes exibições e … triunfo final para o dinamarquês. Foi 12º e podia, muito bem, ter terminado no top-10 não fosse uma queda na última etapa de montanha. Não há duas sem três e partiu para a terceira Grande Volta da temporada. Seria, somente, gregário de Roglic e Vingegaard mas a história foi outra. Aproveitou a oportunidade, venceu a 6ª etapa, assumiu a liderança ao 7º dia e nunca mais saiu de lá. Guerras internas foram travadas no entanto Kuss teve o merecido prémio da temporada e da carreira, ao vencer uma Grande Volta. Dos melhores trepadores do Mundo, é fundamental nas vitórias dos seus líderes e 2024 não deverá ser exceção.

 

João Crespo – Sepp Kuss

Sempre achei que esta ia ser a votação mais desequilibrada de todas por motivos mais do que óbvios, é que neste momento, neste departamento, não há ciclista que se equipare a Sepp Kuss. É uma espécie de toque de Kuss, em quase todas as provas em que o norte-americano participou, transformou-se em vitórias para a Jumbo-Visma. E há quanto tempo não víamos alguém fazer as 3 Grandes Voltas no mesmo ano com a preponderância de Kuss? É que em grande parte carregou Roglic na última semana do Giro, foi gregário de luxo para Vingegaard no Tour e depois ainda fez a Vuelta ao nível que fez, tinha grande parte da opinião pública do seu lado para coroar uma temporada brilhante e assim obter algo histórico. Vingegaard e Roglic cumpriram e completou-se um sonho para Kuss.

Para 2024 adivinha-se um calendário bem mais reduzido, o seu apoio a Jonas Vingegaard na montanha terá um papel ainda mais crucial com a saída de Primoz Roglic e caso se confirme que Wout van Aert vai atacar o Giro a pensar na geral, isso vai expor Kuss a um desgaste muito maior e tem de chegar às fases mais importantes bem mais fresco.

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