Este início da Volta ao Algarve ficou marcado pelas quedas colectivas e pelos abandonos. Em virtude do que aconteceu ontem no final da etapa hoje não alinharam à partida Barry Miller, Frederico Figueiredo, André Ramalho, Joel Suter, Yesid Pira e Marc Hirschi, sendo que este último abandono foi muito impactante para o apoio na montanha a João Almeida. Hoje, logo nos primeiros quilómetros, houve outro incidente colectivo, que enviou para casa mais cedo Luís Mendonça e Jonas Hvideberg.

Entretanto já se tinha formado uma escapada que, tal como ontem, tinha forte representação das equipas portuguesas, com Rafael Lourenço, António Ferreira (os 2 na luta pela montanha), Gaspar Gonçalves, João Matias, Tomas Contte e o “infiltrado” era Matthew Gibson. A Uno-X foi assumindo as responsabilidades da liderança e controlou este sexteto durante muito tempo entre os 2 e os 3 minutos, enquanto Rafael Lourenço superou António Ferreira nas 2 contagens de montanha da primeira metade da jornada.




A fuga começou a perder elemento na aproximação à Picota, primeiro Contte e Gibson e já nos 30 kms finais foram absorvidos os últimos resistentes, Rafael Lourenço primeiro e Gaspar Gonçalves depois, enquanto Thymen Arensman tentava recuperar posição no pelotão após uma avaria. Independentemente disto foi a Ineos-Grenadiers a pegar na corrida na subida à Picota e o pelotão foi perdendo unidades atrás de unidades. No final da Picota restavam cerca de 40 ciclistas devido ao trabalho de Michal Kwiatkowski e em termos de equipas portuguesas só restavam Adrian Bustamante e Joaquim Silva.

Asgreen trabalhou na descida e na aproximação à Fóia e assim que se entrou na subida final a Ineos-Grenadiers voltou ao comando e por aí esteve durante toda a montanha até ao quilómetro final, enquanto alguns ciclistas iam perdendo terreno. O tradicional sprint da Fóia foi muito confuso, a Bora-Hansgrohe chegou-se à frente, ninguém queria começar o seu esforço perante o vento frontal e foi Ilan van Wilder o primeiro a mexer, com resposta pronta de Rui Costa. Parecia que o belga da Soudal-Quick Step ia ganhar, até festejou o triunfo, só que nos 50 metros finais apareceu um fulgurante Magnus Cort a levar a vitória para casa, diante de van Wilder e de Rui Costa.

João Almeida terminou no grupo principal, no 14º posto. Adrian Bustamante e Joaquim Silva foram os melhores elementos de equipas portuguesas, chegaram a 30 segundos.

By admin