A Clássica de Almeria foi hoje para a estrada com um pelotão recheado de bons sprinters, ansiosos por começar a temporada com um triunfo. O dia foi muito nervoso, o vento constante levou a que toda a gente quisesse estar sempre bem colocada. A primeira fuga foi composta por Alex Molenaar, Luis Angel Mate, Mattia Bais e Oier Lazkano, apanhada ainda a 100 kms da meta. Nessa altura a Astana tentava provocar cortes no pelotão, sem grande sucesso.
Houve nova escapada, desta vez com Angel Madrazo, Samuele Rivi, Savva Novikov e Filippo Zoccarato, controlados pela Quick-Step e pela UAE Team Emirates, o quarteto viria a ser anulado a 43 kms do final. O pelotão seguia junto à costa e a alta velocidade, com toda a gente muito atenta, sucederam-se as tentativas de cortes e, com o aproximar da meta, as quedas.
Primeiro foram Jordi Meeus, Ivan Garcia Cortina e Alvaro Hodeg a ir ao chão, apesar de um dos seus líderes ter ficado arredado, a Quick-Step continuava a trabalhar para Mark Cavendish, algo que ficou fora de questão quando o britânico furou já dentro dos 15 kms finais. Também Fernando Gaviria teve um problema mecânico e entrou-se nos quilómetros finais com um grupo reduzido e sem grandes comboios. À entrada dos 10 quilómetro finais houve nova queda, a envolver 4 ciclistas.
A luta pelo posicionamento foi feroz e nos últimos 1000 metros entraram a Ag2r Citroen e a Deceuninck-Quick Step numa posição privilegiada. A equipa belga fez um excelente lançamento para Senechal, mas foi impossível para o francês bater um fulgurante Giacomo Nizzolo, tendo de se contentar com o 2º posto. Martin Laas, ciclista da Bora-Hansgrohe, foi um surpreendente 3º classificado.