Um início bastante calmo com 7 ciclistas de equipas Continentais a irem para a fuga do dia mas que pouco mais de 100 quilómetros estiveram na frente. Com uma vantagem nunca maior de 4 minutos e com o aparecimento do vento, as bordures partiram por completo o pelotão.
Bastante atentos, todos os principais favoritos estavam no primeiro grupo, que tinha pouco mais de 30 ciclistas. O segundo grupo ia perdendo segundos atrás de segundo, chegando a estar a mais de 1:30 no entanto a situação de corrida mudou a 70 quilómetros do fim.
Aí, Soren Kragh Andersen e Boy van Poppel atacavam, ganharam rapidamente 30 segundos e o segundo pelotão conseguiu fazer o impensável, juntando-se ao primeiro pelotão a 60 quilómetros da chegada. Desta forma, mais ciclistas na luta pelo triunfo mesmo antes de se chegar à parte mais dura, onde o duo da frente entrou com 1 minuto de avanço.
Mal começou a primeira dificuldade do dia e Soren Kragh Andersen ficou sozinho na frente de corrida. No pelotão Jelle Wallays lançava-se ao ataque, andou durante bastante tempo em posição intermédio e foi no terceiro setor de gravilha que passou para a frente devido a um furo de Andersen. O pelotão partiu-se por completo no mais longo dos setores, também com alguns corredores importantes como Stefan Kung e Niki Terpstra a furarem.
A sucessão de setores e de subidas ia partindo, ainda mais, o pelotão ou o que restava dele e, a 27 quilómetros da chegada, a AG2R La Mondiale apareceu, pela primeira vez, aumentando bastante o ritmo e deixando 10 elementos no grupo perseguidor, entre os quais estavam Oliver Naesen e Arnaud Demare. À saída do setor, o grupo desacelerou e os ciclistas que tinham ficado para trás voltavam a reentrar. Jelle Wallays seguia imparável, com 1:10 de vantagem.
Tanto Arnaud Demare como Oliver Naesen tentaram forçar o ritmo nas últimas dificuldades do dia, quer a subir quer na gravilha, mas o grupo teimava em não partir e, ao mesmo tempo, a diferença para Wallays não descia. Passadas todas as dificuldades e entrando nos derradeiros 10 quilómetros, o belga da Lotto Soudal tinha 1:20 para um grupo que estava reduzido a 15 unidades.
Nada ia impedir Wallays de vencer, novamente, o Paris-Tours, depois de já ter ganho em 2014, para além de já o ter feito enquanto júnior, em 2010. Muitos foram os ataques no grupo perseguidor e este chegou completamente partido, Niki Terpstra e Oliver Naesen foram os que mais se destacaram, terminando em 2º e 3º, respetivamente, a já 29 segundos. Demare foi 4º e Amaury Capiot 5º.