Mais uma etapa de média montanha e mais uma etapa feita a todo o gás! A vontade de estar na fuga do dia era notória para grande parte do pelotão, os primeiros 65 quilómetros foram frenéticos, com ataques e contra-ataques e Wout van Aert, Giulio Ciccone, Mattias Skjelmose, Matteo Jorgenson, Krists Neilands e Julian Alaphilippe a serem dos ciclistas a estarem mais em evidência. Já dentro dos 100 quilómetros finais, começaram os ataques decisivos para a formação da verdadeira fuga do dia. Entretanto, devido ao ritmo elevado, o pelotão estava já muito reduzido, com Sepp Kuss a ser a principal vítima, o único top-10 a estar fora do grupo dos favoritos.



Andrey Amador, Matteo Jorgenson e Ion Izagirre primeiro, a quem mais tarde se juntavam mais 12 ciclistas, sendo eles Tiesj Benoot, Thibaut Pinot, Julian Alaphilippe, Mads Pedersen, Jasper Stuyven, Mathieu van der Poel, Guillaume Martin, Ruben Guerreiro, Dylan Teuns, Victor Campenaerts, Tobias Halland Johannessen e Mathieu Burgardeau. Grupo numeroso, com nomes importantes e muito perigosos que, numa primeira fase, viu o pelotão deixar crescer a diferença para quase 4 minutos antes da AG2R Citroen pegar na corrida e começar a reduzir a mesma.

A corrida entrou na fase mais sinuosa com a situação mais estabilizada, na primeira subida a AG2R continuou a reduzir a diferença, no topo era de apenas 2:30 e, na descida, seguiram-se ataques de Van der Poel e Amador. Este duo permaneceu isolado na subida e, a 47 quilómetros do fim, vendo o grupo perseguidor a 35 segundos, Van der Poel decidiu atacar e ir para uma tentativa de solo épico. O neerlandês manteve um ritmo sólido, passando no topo com 22 segundos de vantagem para os mais diretos perseguidores, no entanto atrás o grupo estava numa missão de apanhar Van der Poel e conseguiram-no a 32 quilómetros do fim, primeiro com Pinot e Jorgenson, e, pouco depois, Benoot, Martin, Izagirre, Johannessen e Burgardeau. O pelotão estava já a 4:30, o grupo de Kuss tinha reetrando e era a Jumbo-Visma que comandava o grupo.



A 31 quilómetros do fim, foi a vez de Izagirre atacar. O espanhol ainda teve Van der Poel na sua roda no entanto voltou a forçar o ritmo, deixando o neerlandês para trás e passou a fazer um contra-relógio individual. No topo da derradeira subida, a vantagem era de 25 segundos, a perseguição no grupo perseguidor não era a mais organizada e isso jogava a favor do ciclista da Cofidis que na descida e no plano final até à meta continuou a alargar o seu espaço, chegando ao final com 58 segundos de vantagem para Burgardeau e Jorgenson, 2º e 3º respetivamente. Os restantes ciclistas da fuga foram chegando aos poucos, na luta pela geral Pinot e Martin chegaram a 1:13 e a 1:27, no 9º posto, terminou Ruben Guerreiro. O pelotão chegou a 4:14, com Jonas Vingegaard a manter a liderança do Tour.

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