Esta etapa é a prova que, quando as circunstâncias estão alinhadas para tal e há vontade, não há etapa fáceis, o que no papel seria uma jornada de transição transformou-se num grande espectáculo de ciclismo. Primeiro que tudo notar que para além do abandono de Primoz Roglic antes do tiro de partida, também Juan Ayuso se retirou já durante a tirada, ele que testou positivo para a Covid-19. Com o vento lateral muito presente e uma grande vontade de entrar na escapada os primeiros quilómetros foram a dar tudo e destacou-se um grupo de 20 unidades onde a equipa mais representada era a EF, com Rui Costa presente, e com Adam Yates, um perigo para as outras equipas da geral.

Isto obrigou a Visma a perseguir, com a ajuda ocasional de outras formações e a equipa holandesa inclusivamente atacou e chegou a provocar cortes no pelotão, formou-se um grupo com cerca de 15 ciclistas onde a UAE apenas tinha Pogacar e João Almeida, enquanto a Visma tinha 5 unidades. O pelotão conseguiu apanhar este grupo e tudo voltou à forma original, apenas com os 20 elementos na frente, a velocidade era louca, 49 km/h na primeira hora e meia de corrida. O grupo principal circulava a cerca de um minuto da fuga, que tinha o problema chamado Adam Yates, por isso mesmo havia algumas tentativas de ataque, até que Magnus Cort, Julien Bernard, Michal Kwiatkowski e Romain Gregoire ganharam uma vantagem interessante.




O pelotão não acalmou o ritmo, cada zona com vento favorável a bordures era aproveitada pelos ciclistas da geral para tentar apanhar os rivais desprevenidos e a corda partiu para muitos a cerca de 60 kms da meta, com grupos espalhados pela estrada. O quarteto dianteiro viria a ser alcançado e também graças às pequenas colinas que o percurso tinha ficaram na frente cerca de 90 ciclistas, já sem Cavendish, Bennett, Bauhaus, Groenewegen e Kristoff. Richard Carapaz e Tobias Johannessen aproveitaram o terreno ondulado para ganhar alguma vantagem e a Alpecin tentou controlar as operações para mais uma tentativa de triunfo de Jasper Philipsen.

A Lotto-Dstny anulou este duo, mas alguns quilómetros depois saiu Jasper Stuyven com a companhia de um elemento da equipa belga, Brent van Moer. Mathieu Burgaudeau e Christophe Laporte tentaram fazer a ponte, mas trouxeram todo o pelotão com eles, os ataques continuaram, até Jonas Abrahamsen nos 3 kms finais, só que haveria lugar a novo sprint, desta vez com um grupo reduzido de 70 unidades. Não havia grandes comboios, uma queda no quilómetro final mandou ao chão uma mão cheia de ciclistas e deixou 15 ciclistas para o sprint final.

Christophe Laporte chegou-se à frente para lançar Wout van Aert na altura certa, mas deixou o seu colega cedo demais na frente, Jasper Philipsen aproveitou para lançar o sprint de longe nos seus termos e já não havia volta a dar, era tarde demais para Wout van Aert recuperar o atraso e ficou-se apenas pela segunda posição, enquanto Pascal Ackermann completava o pódio. Biniam Girmay foi 4º e entre os ciclistas da classificçaão geral não houve diferenças, Tadej Pogacar mantém a camisola amarela e João Almeida continua no 4º posto.

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