Mais um dia de corrida na Bélgica, com a clássica Scheldeprijs (Pro), uma das mais antigas do calendário velocipédico, destinada sobretudo para os homens mais rápidos do pelotão. A 109.ª edição da prova representava a última oportunidade de vitória para os sprinters nas clássicas do empedrado desta primavera.
A equipa Groupama-FDJ não alinhou à partida, visto que um dos elementos da equipa testou positivo à covid-19. O francês Nacer Bouhanni também não partiu, ele que esteve envolvido, durante a última semana, em polémica.
O vento foi um fator determinante na corrida, a fazer-se sentir desde o quilómetro zero, provocando vários cortes no pelotão. Com cerca de 20 quilómetros decorridos já havia vários cortes, com vários elementos da Deceuninck-Quick Step e da Bora-Hansgrohe no grupo da frente. Muitas quedas, com vários corredores a desistirem, incluindo o português Ivo Oliveira. Tim Merlier e Alexander Kristoff, dois candidatos à vitória, também foram ao chão.
Ficou um grupo destacado na frente, de 13 elementos, com Sam Bennett, Ackermann, Philipsen, Nizzolo, Van Moer, Michael Schwarzmann, Marcus Burghardt, Michael Morkov, Danny Van Poppel, Vahtra, Walscheid, Jonas Rickaert e Clément Russo. Um segundo grupo de 14 ciclistas seguia na perseguição e mais atrás o pelotão.
A 70 km do fim, o segundo grupo juntava-se à frente de corrida, com a Quick-Step a ser a equipa mais representada, com cinco corredores. O pelotão vinha atrás, com cerca de 2m30s de atraso. Florian Sénéchal fez um grande trabalho na frente do grupo, até aos últimos quilómetros, de forma a manter a vantagem. A UAE Team Emirates assumia as despesas no segundo grupo, na tentativa de levar Kristoff à discussão da prova.
A vantagem para os homens da frente não chegou a ser anulada, e acabaram por entrar no último quilómetro com mais de 1 minuto de vantagem. Van Lerberghe liderava o grupo, depois Michael Morkov fez o lançamento para o irlandês Sam Bennett, com Cavendish na sua roda. A AG2R e a Alpecin colocavam bem os seus sprinters na frente, Marc Sarreau e Philipsen, respetivamente. Bennett saía, mas Philipsen posicionou-se muito bem, com a ajuda de Dries de Bondt e de Jonas Rickaert, e acabou por superiorizar-se no final. Bennett teve de contentar-se com o segundo posto, enquanto o seu colega Mark Cavendish fechou em terceiro lugar.