Primeiro Monumento da temporada, a “La Classicissima”! Uma prova diferente do que estamos habituados, com cerca de 290 quilómetros e mais de 6 horas em cima da bicicleta. Bem cedo, Davide Baldaccini, Valerio Conti, Kyrylo Tsarenko, Lorenzo Germani, Sergio Samitier, Romain Combaud, Davide Bais, Mirco Maestri, Andrea Pietrobon, Samuele Zoccarato e Alessandro Tonelli atacaram para formar a fuga do dia. A grande curiosidade vai para Tonelli que, desde 2019, não falha a presença na fuga desta prova.
Alpecin-Deceuninck e Lidl-Trek foram as equipas que mais trabalharam durante as primeiras horas, numa corrida que esteve monótona até aos 55 quilómetros finais. Nessa altura, apareciam as primeiras subidas, os Tre Capi, com muitas equipas a mostrarem-se na frente do pelotão, tentando uma melhor colocação, nesta primeira fase importante. Quem apareceu, finalmente, foi a UAE Team Emirates, fazendo o prometido, ou seja, começar a endurecer a corrida. A primeira grande vítima foi, de forma surpreendente, Christophe Laporte, com o francês a ficar para trás a 38 quilómetros do fim.
A todo o gás, os ciclistas chegaram à Cipressa: o primeiro momento de todas as decisões! Ritmo de corrida alucinante, com a UAE Team Emirates a colocar Isaac del Toro ao trabalho bem cedo e o mexicano conseguiu reduzir o grupo dos favoritos a umas 40 umidades. Poucos elementos no apoio a Pogacar , o que obrigou a uma diminuição do ritmo. Wellens pegou na corrida mas o ritmo não era tão alucinante e o grupo voltou a aumentar até ao início do Poggio.
Davide Bais foi o último resistente da fuga, apanhado mesmo antes do Poggio. Lidl-Trek e INEOS Grenadiers apareceram nos primeiros metros, antes de Wellens voltar a lançar Pogacar. Tal como em 2023, depois de Wellens sair da frente, Pogacar atacou a 900 metros do topo do Poggio, com resposta pronta de Mathieu van der Poel. Os dois ciclistas ficaram a olhar-se e permitiram a reentrada de vários atletas. Pogacar voltou a tentar nos metros finais do Poggio, Van der Poel demorou a responder mas no início da descida fez a junção.
Até ao final da descida, Pidcock, Pedersen e Mohoric também se juntar e, sem ninguém colaborar houve a reentrada de Sobrero, Matthews, Philipsen, Bettiol, Alaphilippe e Van Gils. Aproveitando a hesitação, Mohoric tentou surpreender mas sem sucesso. Seguiram-se ataques de Matteo Sobrero e Tom Pidcock, já com o quilómetro final em pano de fundo. Estes dois entraram na frente no quilómetro final e Mathieu van der Poel deu tudo em prol de Jasper Philipsen.
A fuga foi apanhada já em pleno sprint, Michael Matthews lançou o sprint da frente, Philipsen colocou-se ao lado e foi no lançamento da bicicleta que conquistou a vitória e o primeiro Monumento da carreira. Pogacar completou o pódio, à frente de Pedersen.