Dia brutal de ciclismo na Bélgica, com a Clássica Brugge-De Panne a marcar mais uma paragem do World Tour. Prova totalmente plana mas com 3 passagens por De Moeren, uma longa zona exposta ao vento, com a chuva a marcar presença, o que dificultava, ainda mais, a vida dos sprinters. Jens Reynders, Jonas Rutsch, Mathis Le Berre, Milan Fretin, Louis Brendixen, Johan Meens e Louis Blouwe tiveram o seu destaque nos primeiros 100 quilómetros pois a entrada no circuito final de De Moeren rebentou com a corrida.
Numa primeira fase, Jasper Philipsen e Caleb Ewan eram os únicos grandes nomes na frente, Fabio Jakobsen, Dylan Groenewegen e Olav Kooij não estavam na frente e o trabalho das suas equipas permitiu a reentrada de um grande grupo na frente, à falta de 68 quilómetros, estando ultrapassado o primeiro susto!A calma no grupo durou pouco, nova passagem por De Moeren e mais bordures, desta vez com Soudal Quick-Step e Alpecin-Deceuninck a causaram todo o pânico. Ao contrário do primeiro corte, os principais sprinters estavam na frente, com a grande ausência a ser Ewan. Cerca de 20 ciclistas ficaram na dianteira, com a Soudal Quick-Step a ter vantagem numérica.Não há duas sem três e a terceira passagem por De Moeren selecionou, ainda mais o grupo. Philipsen acelerou, fugiu com Lampaert e Kooij e, pouco depois Frederik Frison conseguiu fazer a ponte. Quatro ciclistas na frente e 30 segundos de vantagem para os últimos 10 quilómetros. Lampaert não trabalhava na frente, a Soudal Quick-Step tinha Jakobsen atrás e tentava, a todo o custo, reduzir a diferença mas sem sucesso.
A vitória estava na frente, os restantes 3 corredores entenderam-se bem e tudo se decidiu ao sprint. Frison tentou surpreender de longe, Philipsen estava atento e seguiu-se um contra-ataque de Lampaert, só que, mais uma vez, o belga da Alpecin-Deceuninck estava no controlo e, quando viu que era o momento arrancou para o triunfo, conquistando a 3ª vitória do ano. Kooij foi 2º e Lampaert 3º. A 21 segundos, Jakobsen ganhou o sprint pelo 5º lugar.