Esta Vuelta a Burgos foi tão diferente em termos de traçado que a organização até colocou um contra-relógio individual de 18 quilómetros (o que até é relativamente grande para uma corrida de 5 dias e com pouca montanha) nesta 4ª etapa. E a jornada era interessante também porque dentro do top 10, depois da chegada em alto a Lagunas de Neila, não havia um único especialista no esforço individual.

A UAE Team Emirates partiu para hoje com uma estratégia bem definida, todos os seus ciclistas pouparam energias na primeira metade para depois voarem na estrada na última parte. Foi assim que Jay Vine garantiu o triunfo na tirada, o único a baixar dos 20 minutos, com o irregular australiano a alcançar uma média de quase 56 km/h depois de no registo intermédio nem configurar nos 5 primeiros. Sepp Kuss tinha uma vantagem relativamente confortável na classificação geral, até porque o norte-americano quando está em forma defende-se bem e Cepeda, que estava a 13 segundos, está longe de conseguir isso, tinha apenas de controlar Max Poole, da DSM, que foi para a estrada com 27 segundos de atraso na luta pela camisola amarela.




Voltando à tal estratégia da UAE, Finn Fisher-Black, o mais bem colocado da equipa na geral, fez o mesmo que Vine e graças a isso teve uma das ascensões mais meteóricas, passou de 16º para o lugar mais baixo do pódio, uma recuperação fenomenal. E Sepp Kuss tinha mesmo motivo para estar preocupado com Max Poole, o britânico fez um dos melhores contra-relógios da carreira e acabou até no top 10 da etapa, enquanto o norte-americano foi somente 15º e cedeu 22 segundos para o corredor da DSM, restando apenas 5 da liderança de 27 segundos que trazia. Nota também para a surpresa que foi Urko Berrade, o corredor da Kern Pharma subiu de 11º para 4º.

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