A última etapa da primeira parte da Volta a Portugal 2022 saiu da Guarda, num dia em que os sprinters sonhavam com nova oportunidade de vitória. Ao quilómetro 3 formou-se a fuga, um grupo de 9 elementos constituído por Afonso Silva, Alvaro Trueba, Bruno Silva, Joseba López, Óscar Pelegrí, Joaquim Silva, Peio Goikoetxea, Robin Carpenter e Rafael Reis.
Podia-se pensar que o pelotão iria abrandar, mas na primeira hora foram percorridos mais de 50 quilómetros e, depois de não ter colocado ninguém na frente, primeiro perseguiu e depois atacou com José Mendes que, posteriormente, chegava à fuga do dia. Com tantas equipas representadas na frente, a fuga foi ganhando minutos atrás de minutos, sempre com a Glassdrive/Q8/Anicolor no controlo, o que só por si indiciava que a fuga tinha todas as condições para ter o seu sucesso.
A menos de 70 quilómetros do fim, com a fuga já com 5 minutos de vantagem, a Wildlife Generation pegou na corrida, aumentou o ritmo do pelotão e começou a diminuir, de forma considerável a diferença que, a 50 quilómetros da meta, era de 3:15. O trabalho da equipa norte-americana teve o seu efeito evidente com a diferença a cifrar-se abaixo do minuto à entrada dos derradeiros 10 quilómetros. Nessa altura, também Burgos-BH e Euskaltel-Euskadi se juntavam à perseguição.
A fuga foi apanhada a menos de 3 quilómetros do fim, já com Viseu à vista. A Tavfer/Mortágua/Ovos Matinados entrou na frente no quilómetro final, fez a passagem no túnel e, tal como em Castelo Branco, viu o seu trabalho ser recompensado. Na Avenida Europa, João Matias foi o mais forte, somando o segundo triunfo na prova, hoje à frente de Scott McGill e Andoni Abetxuxo. Maurício Moreira teve um dia tranquilo e segue de amarelo para o dia de descanso.