Dia muito importante nesta Volta a França, com o único contra-relógio individual desta edição, um perfil duro, capaz de fazer grandes diferenças importantes. Michael Morkov foi o primeiro a sair para a estrada, no entanto os primeiros ciclistas não eram importantes para as contas finais, sendo preciso esperar por Mads Pedersen para o primeiro registo de relevo, com 36:06. Pouco depois chegava o campeão francês Remi Cavagna, com 35:42, um registo que lhe valeu a permanência no primeiro lugar provisório durante muito tempo.
Vários ciclistas se iam aproximando, como Alexey Lutsenko, Stefan Kung e Mattias Skjelmose mas foi o inevitável Wout van Aert a retirar o francês do primeiro lugar. De menos a mais, o ciclista da Jumbo-Visma geriu o esforço na perfeição, terminando 15 segundos mais rápido que Cavagna, depois de ter estado a perder mais de 20 antes da subida final. A partir daqui, foi preciso esperar pelos homens do top-10, onde estaria toda a emoção para a parte final, principalmente no grande duelo entre Jonas Vingegaard e Tadej Pogacar.
A dureza do contra-relógo ia colocando os homens da geral entre os primeiros, com Vingegaard a dominar nos dois primeiros pontos de cronometragem, 16 e 31 segundos melhor que Pogacar respetivamente. O dinamarquês voou na fase inicial, não trocou de bicicleta no Cote de Domancy, ao contrário do esloveno, e continuou a ganhar segundos atrás de segundos, passando no topo da subida com 1:05 e terminando com 1:38 de vantagem, uma brutalidade!
Olhando para o restante top-10, Pello Bilbao ficou a 2:55, sendo o melhor dos restantes. Simon Yates ficou a 2:58, Adam Yates a 3:12, David Gaudu a 3:31, Carlos Rodriguez a 3:36, Felix Gall a 3:40, Sepp Kuss a 3:48 e Guillaume Martin a 5:38. Contas feitas, Vingegaard tem 1:48 de vantagem para Pogacar, com o 3º classificado a ser Adam Yates a já 8:52. O britânico trocou com Rodriguez, tendo 5 segundos de vantagem.