211 quilómetros de muita velocidade foi o menu principal de hoje! Avisámos que o início da etapa iria ser muito rápido, com muitos e muitos ataques e não nos enganamos nessa fase. Movimentações por todos os lados, velociade altíssima, e foi com mais de 80 quilómetros percorridos é que se formou a fuga. Richard Carapaz, Oier Lazkano, Oscar Onley, Paul Lapeira, Mattéo Vercher e Ben Healy, a quem mais tarde se juntavam Romain Gregoire, Julien Bernard, Guillaume Martin e Bruno Armirail.
Parecia, finalmente, que a corrida iria acalmar mas a UAE Team Emirates tinha outras ideias. Nils Politti e Tim Wellens para a frente do grupo, velocidade bastante elevada e mais de 46 quilómetros de média nas 3 primeiras horas e meia de corrida, os primeiros 160 quilómetros. Ontem falávamos na antevisão que a corrida iria animar a 47 quilómetros do fim e foi isso que aconteceu, com o pelotão a entrar a grande velocidade no Col de Néronne, numa altura e que a fuga estava já com menos de 1 minuto de vantagem.
A Visma|Lease a Bike ainda entrou na frente na subida mas a UAE Team Emirates rapidamete tomou conta da corrida, com Pavel Sivakov a fazer toda a subida na frente. Seguiu-se a descida e os primeiros quilómetros de Puy Mary Pas de Peyrol, sempre com o francês na frente. Juan Ayuso entrou ao serviço a 2 quilómetros do topo, não durou muito já que rapidamente Adam Yates passou para o comando e foi ao ritmo do britânico que o último fugitivo, Ben Healy, foi apanhado. O ataque de Pogacar estava por momentos e surgiu a 600 metros do topo. Ninguém respondeu ao esloveno, Vingegaard e Roglic foi quem mais se aproximaram, estavam a poucos segundos no topo, mas a descida voltou a ser fatal.
Pogacar estava mais confiante, arriscava mais, aumentou a vantagem e outro com mais de meio minuto de vantagem para Vingegaard e Roglic que, mesmo no sopé do Col de Pertus tinham a companhia de Evenepoel, Rodriguez, Ciccone, Yates e Almeida. Foi sol de pouca dura já que Vingegaard e Roglic voltavam a ficar sozinhos nas primeiras rampas. Vingegaard assumiu a perseguição, aumentou o ritmo e, primeiro deixou Roglic para trás e depois fez o impensável … chegar à roda de Pogacar a menos de 200 metros do topo.
Um novo duo na frente, colaboração total no que restou da etapa, incluindo a última subida. Vingegaard passou no topo, fez a última descida na frente e não mais saiu de lá. Parecia que Pogacar estava a jogar de forma perfeita no entanto o sprint final sorriu ao dinamarquês! Vingegaard fazia o que pouco se podia pensar, recuperava imenso e ainda conseguia derrotar Pogacar ao sprint. Evenepoel fez uma etapa de trás para a frente, terminando em 3º a 25 segundos. Roglic, que caiu na última descida quando estava com o belga, terminou a 55 segundos, mas foi-lhe dado o mesmo tempo de Evenepoel. Ciccone a 1:47, Almeida, Yates e Landa a 1:49 e Rodriguez a 1:55.
Na geral, Pogacar mantém a liderança do Tour, com 1:06 de vantagem para Evenepoel e 1:14 para Vingegaard. João Almeida subiu a 5º, a 4:20.