Etapa rainha da Volta a Suíça, a última de alta montanha e a chance final para os trepadores fazerem diferenças grandes antes do contra-relógio final. Por isso mesmo a corrida foi super atacada logo nos primeiros quilómetros, formou-se uma fuga enorme com mais de 30 elementos onde Gorka Izagirre era o principal perigo para a classificação geral. No entanto, os interesses eram muitos e a primeira subida do dia fez uma selecção prévia desta fuga, ficaram 19 elementos na frente da corrida.

Este grupo era constituído por Wout van Aert, Quinn Simmons, Stefan Kung, Michael Gogl, Neilson Powless, Antonio Tiberi, Marco Haller, Sergio Higuita, Pascal Eenkhoorn, Rui Costa, Gorka Izagirre, Oier Lazkano, Ewen Costiou, Matteo Sobrero, Chris Juul Jensen, Marc Hirschi, Hugo Houle, Krists Neilands e Yannis Voisard. Era a Ag2r Citroen a fazer o maior controlo da diferença, que se situou durante muito tempo nos 3 minutos, para defender a liderança de Felix Gall.




Ainda antes da subida final houve nova selecção na fuga, uma aceleração de Quinn Simmons e Wout van Aert levou a que Haller, Voisard, Izagirre, Neilands e Costiou perdessem o contacto. Já com muito desgaste nas pernas uma ofensiva de Neilson Powless levou a que o norte-americano ficasse na frente apenas na companhia de Rui Costa e Antonio Tiberi, não obstante o esforço de Quinn Simmons para fazer a ponte numa altura em que a Quick-Step trabalhava no pelotão e reduzia imenso o grupo.

Finalmente já perto dos 15 kms finais surgiu o esperado ataque da Ag2r Citroen e de Felix Gall, que desta vez levou com ele Wilco Kelderman, Pello Bilbao, Romain Bardet e um Juan Ayuso com muito melhores sensações do que ontem. O espanhol estava a sentir-se tão bem que deixou todos os rivais para trás num piscar de olhos e abriu uma vantagem enorme para a concorrência, enquanto Evenepoel e Skjelmose tentavam minimizar perdas mais para trás.




A 12 kms da meta Powless perdeu o contacto com Rui Costa e Antonio Tiberi e Juan Ayuso conseguiu chegar à frente. O corredor da UAE Team Emirates não abrandou e passou quase directo, ficando isolado na frente da corrida. Juan Ayuso cruzou o alto da última contagem de montanha com 30 segundos sobre Tiberi e Rui Costa, 1 minuto sobre os rivais Gall, Kelderman e Bilbao, com os restantes candidatos pouco atrás. Na descida houve junção de esforços, mas ainda assim Juan Ayuso terminou tranquilamente com 54 segundos de vantagem sobre o grupo perseguidor, onde Mattias Jensen e Pello Bilbao conseguiram as bonificações.

Rui Costa foi apanhado já dentro dos 5 kms finais e terminou em 7º a 58 segundos na companhia do anterior camisola amarela Felix Gall, Remco Evenepoel chegou a 1:20. Desta forma é Mattias Skjelmose Jensen que recupera o símbolo de liderança, tem agora 8 segundos sobre Felix Gall, 18 sobre Juan Ayuso e 46 para Remco Evenepoel.

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