Com Orluis Aular a partir de amarelo para a última etapa, mas diferenças muito curtas dentro do top 10, ainda havia muito em jogo nesta última ligação da Volta ao Alentejo, 172 kms entre Castelo de Vide e Évora. Os ataques começaram muito cedo numa jornada que viria a ser percorrida a uma média de 43,7 km/h e a primeira metade da etapa teve um quarteto destacado, composto por Luís Gomes, Luís Mendonça, Julen Irizar e Rui Vinhas.
O grupo dianteiro chegou a ter mais de 2 minutos de avanço e acabou por ser alcançado mesmo antes do conjunto de 3 metas volantes, entre os quilómetros 85 e 135 kms. Só que a chegar a Estremoz formou-se novo grupo na frente, desta vez bem maior e mais perigoso, com Pedro Silva, Angel Fuentess, Iker Ballarin, Jorge Magalhães, Tiago Antunes, Hugo Nunes, Carlos Oyarzun, Tomas Contte e Afonso Silva. Foram estes os ciclistas que foram disputando as bonificações dos sprints intermédios, em que Tiago Antunes foi o mais beneficiado ao descontar 6 segundos ao tempo da geral.
O grupo principal tinha várias equipas a passar pela cabeça do pelotão e a 20 quilómetros para a meta em Évora tinha diminuído a diferença para 25 segundos. A formação da Euskadi continuava a atacar a Caja Rural como podia e com as armas que tinha, sendo insuficiente para impedir uma chegada em pelotão compacto à Praça do Giraldo. Com uma chegada técnica em estradas estreitas e empedrado à mistura as quedas foram inevitáveis e um dos afectados foi o vencedor da 3ª etapa, Leangel Linarez.
No sprint final, com uma boa moldura humana a assistir, como é apanágio em Évora, foi um especialista de sprints a subir a prevalecer, o experiente espanhol Juan José Lobato. A Euskadi levou a etapa diante de Daniel Freitas e de João Matias, e teve de ver Orluis Aular a festejar a vitória na geral, garantida com um 4º posto nesta etapa final. O venezuelano da Caja Rural averbou também a classificação por pontos, enquanto o melhor jovem foi Pelayo Sanchez e a classificação da montanha ficou para Rodrigo Caixas, da LA Alumínios. A W52/FC Porto confirmou o triunfo na classificação coletiva. O maior beneficiado da chegada a Évora foi Daniel Freitas, que graças ao 2º lugar na etapa ascendeu de 6º para 4º na geral.
Foto: Volta a Portugal