Ao menos tempo da Volta a Catalunha, o World Tour segue com as clássicas e mudou-se para a Bélgica, com a Classic Brugge-De Panne a ser a primeira paragem do pelotão. Num percurso totalmente plano e feito em torno das cidades que dão nome à competição, António Morgado era o representante nacional e desde cedo se quis destacar com a presença na fuga do dia. O jovem atleta luso teve a companhia de Victor Vercouillie, Michiel Lambrecht, Joren Bloem e Hartthijs de Vries numa fuga que nunca teve muita vantagem, já que o pelotão tinha muitas equipas interessadas numa chegada ao sprint.

As diversas passagem pela zona ventosa de De Moeren não provocaram cortes no grande grupo, ao contrário de outros anos e a clássica belga decidiu-se, como seria expectável, ao sprint. Apesar de tudo, apanhar todos os fugitivos não foi fácil, com De Vries a mostrar-se muito combativo, sendo alcançado a apenas 2,5 quilómetros do fim por um pelotão muito reduzido e alongado devido às quedas que aconteceram na aproximação à meta e afastaram da luta nomes como Alberto Dainese, Arnaud de Lie, Arnaud Demare e Milan Fretin.



A todo o gás, o pelotão entrou no último quilómetro e … mais uma queda, esta bem na frente do grupo, com muitos ciclistas a irem ao chão, incluindo o campeão da Europa Tim Merlier, Alexander Kristoff e Olav Kooij. Cerca de 30 ciclistas na luta pela vitória e, sem muita organização, Juan Sebastian Molano decidiu surpreender. Ataque a 450 metros do fim, sprint muito longo do colombiano que aproveitou o facto de não existirem comboios. Num esforço tão longo, o ciclista da UAE Team Emirates começou a ceder nos metros finais e, por pouco, aguentou a aproximação final de Jonathan Milan para vencer a Classic Brugge-De Panne. Madis Mihkels foi 3º, completando um pódio surpreendente.

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