Um dos grandes dias deste início de temporada arrancou bem cedo em Milão para a partida da “La Primavera”. Cedo se formou a fuga com o destaque a ir para a Team Novo Nordisk que colocou 4 ciclistas na frente. A juntar a Joones Henttala, Andrea Peron, Charles Planet e Umberto Poli estavam Fausto Masnada, Mirco Maestri, Alessandro Tonelli, Guy Sagiv, Luca Raggio e Sebastian Schonberger.
O pelotão nunca esteve muito preocupado com estes 10 ciclistas, dando-lhes mais de 8 minutos de vantagem. Assim que quiseram, Deceuninck-QuickStep, Lotto-Soudal e Bora-hansgrohe começaram a aumentar o ritmo e a fuga começou a ver a sua vantagem a diminuir, entrando nos derradeiros 100 quilómetros com 5 minutos.
A corrida começou a animar na fuga na passagem pelos Capos. Schonberger foi o primeiro atacar mas o melhor trepador da fuga rapidamente ganhou vantagem. Falamos de Fausto Masnada, ele que entrou isolado na Cipressa, sendo apanhado a meio desta, quando faltavam 26 quilómetros.
Na descida da Cipressa, Niccolo Bonifazio arriscou bastante, ganhou alguma vantagem, chegando a ter cerca de 20 segundos de vantagem no entanto com 10 quilómetros de distância até ao Poggio, o italiano foi apanhado com relativa facilidade.
Foi a Deceuninck-QuickStep a entrar na frente no Poggio, impondo um ritmo bastante forte, colocando em dificuldades muitos dos sprinters, incluindo o seu próprio sprinter Elia Viviani. Os ataques começaram a 6500 metros da chegada com Simon Clarke, mas foi Julian Alaphilippe quem partiu o grupo, com Peter Sagan, Michal Kwiatkowski, Alejandro Valverde, Wout van Aert, Oliver Naesen e Matteo Trentin a serem os únicos a seguir o francês.
Este grupo conseguiu uma vantagem considerável para o pelotão, recebendo a companhia de Tom Dumoulin durante a descida. Mais alguns ciclistas conseguiram fazer a ponte para a frente, ficando um grupo de cerca de 15 ciclistas na frente.
Matej Mohoric ainda tentou surpreender à entrada do quilómetro final mas tudo se ia decidir ao sprint. Peter Sagan estava na frente, Matej Mohroic voltou a acelerar, com Alaphilippe na sua roda que, com mais um sprint fantástico conseguiu ganhar o seu primeiro Monumento da carreira. Oliver Naesen foi 2º, com o pódio a ser completo por Michal Kwiatkowski.