Longo dia na estrada para os ciclistas em Imola, com quase 260 kms pela frente num circuito bem duro. Cedo estabeleceu-se uma fuga sem a presença das selecções com favoritos, composta por Jonas Koch, Torstein Traaen, Marco Friedrich, Danill Fominykkh, Yukiha Arashiro, Eduard Grosu e Ulisses Castillo. A prova foi diferente até nisto, habitualmente a fuga nos Mundiais chega a ganhar 12 ou até 15 minutos, hoje nem chegou aos 7, com várias equipas como a Suíça, Dinamarca ou Polónia a trabalhar.



O ritmo foi aumentando e a vantagem da fuga foi diminuindo, com a mesma a perder elementos até que ficaram apenas Koch e Traeen. A cerca de 70 kms do final a França decidiu aumentar substancialmente o ritmo, a fuga foi apanhada e o grupo principal ficou bastante estirado.

Com a fuga alcançada e depois de Tadej Pogacar ter furado e reentrado, a Bélgica assumiu o pelotã, que estava cada vez mais reduzido. Em Gallisterna, Pogacar decidiu arrancar sozinho, passando na penúltima passagem pela meta com 25 segundos de vantagem, diferença essa que foi mantendo até a Mazzolano sem ninguém ajudar os belgas.



Aí apareceu a Espanha, com Mikel Landa, surgindo, pouco depois, o ataque de Tom Dumoulin que rapidamente chegou a Pogacar. As diferenças eram curtas e o pelotão chegava aos 2 fugitivos ainda em plena subida. Com o grupo junto, a Itália tentou com Damiano Caruso e Vincenzo Nibali mas a descida voltou a juntar o grupo em direção à derradeira ascensão.

Só podia ser a Bélgica a entrar na frente na subida. Greg van Avermaet aumentou bastante o ritmo até surgir o primeiro ataque dos favoritos, por intermédio de Marc Hirschi. A ofensiva do suíço partiu o grupo, com Kwiatkowski a contra-atacar, com Alaphilippe a desferir o ataque mais forte já bem perto do topo da subida.



O francês foi sozinho, passando no topo da subida com 7 segundos para um grupo com Fuglsang, Roglic, Van Aert, Hirschi e Kwiatkowski. Na descida até ao autódromo Enzo e Dino Ferrari, Alaphilippe foi aumentando a diferença, até aos 15 segundos. Imparável, ninguém o conseguiu apanhar, conquistando uma vitória emocional e a conquista mais importante da sua carreira. A 24 segundos, discutiram-se as restantes medalhas, com Wout van Aert a ser 2º, facilmente, e Hirschi a terminar em 3º, num sprint muito disputado com Kwiatkowski. Rui Costa foi 26º a 2:06.

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