O divórcio estava eminente, as relações entre Julian Alaphilippe e Patrick Lefevere, principal responsável da Soudal-Quick Step, tinham azedado de vez quando Lefevere proferiu declarações a criticar o desempenho do francês. A partir daí sabia-se que a saída estava próxima porque a situação era insustentável e rapidamente se começou a falar sobre possíveis destinos para Alaphilippe, sendo mais associado a equipas francesas, como a Decathlon-Ag2r ou a Total.

O que é certo é que o rendimento de Alaphilippe realmente está longe do nível demonstrado em 2020 e 2021, anos em que se sagrou campeão mundial de estrada. No seu currículo já conta com Monumentos, como a Milano-SanRemo e 6 vitórias em etapa na Volta a França, de resto no Giro 2024 completou um dos objectivos de carreira, o de ganhar em todas as Grandes Voltas. Na verdade, esse triunfo na Volta a Itália foi apenas 1 de 3 obtidos no World Tour nos últimos 3 anos, o que para um líder de uma equipa desta dimensão é manifestamente pouco, sendo que sofreu uma queda grave na Liege-Bastogne-Liege de 2022 e a partir daí tem tido outros problemas de saúde que têm afectado o seu rendimento.




Surgiu hoje o anúncio oficial, Julian Alaphilippe vai ser reforço da Tudor Pro Cycling Team a partir de 2025, com contrato válido até ao final de 2027, uma oportunidade para um “renascimento” para o francês de 32 anos. A formação suíça garante mais um reforço de peso e confirma que é das ProTeams que maior investimento está a fazer e tem tudo para continuar a subir bastante nos rankings, é que Alaphilippe junta-se a Marc Hirschi, Marco Haller e Fabien Lienhard nos reforços para 2025, para além está claro dos 2 jovens que sobem da equipa sub-23.

O plantel da Tudor para 2025 está praticamente fechado, estão 28 ciclistas sob contrato e no máximo farão mais 1 ou 2 contratações. É a própria equipa helvética que diz no comunicado oficial que, para as provas de 1 dia (Ardenas e empedrado), Alaphilippe terá liderança partilhada com Marc Hirschi, apontando o francês como um corredor mais ofensivo e o suíço um elemento mais conservador, com uma excelente ponta final. À partida as melhores ajudas neste tipo de terreno serão Florian Stork, Marco Brenner, Marco Haller, Joel Suter e Matteo Trentin, formando assim um bloco muito forte para este tipo de corridas. É um fechar de ciclo para Alaphilippe, foram 10 anos na mesma estrutura, com momentos de grande sucesso, que vai tentar repetir na formação comandada por Fabian Cancellara.

By admin