Em 2018, Wout van Aert foi alvo de disputa intensa entre várias equipas e, depois de ter terminando o seu contrato com a Verandas Willems, rubricou um contrato de 2 anos com a Jumbo-Visma. Apesar do interesse de outras equipas, como a INEOS, a formação holandesa foi mais rápida e concreta na sua proposta.
Dois anos depois, Dave Brailsford parece ter voltado à carga e, segundo informações avançadas pelo Wielerflits, o manager britânico reuniu-se com o agente de Van Aert em pleno Tour de France, sendo que essas conversações ainda continuam e o interesse da INEOS Grenadiers é real.
Ora, a chegada de Wout van Aert dava à equipa britânica um líder indiscutível para as clássicas do empedrado, principalmente o Tour de Flandres e o Paris-Roubaix, provas que a INEOS nunca venceu. Dave Brailsford já afirmou que a sua equipa irá adotar uma estratégia mais ofensiva, tal como aconteceu no Giro d’Itália deste ano, e o belga encaixa que nem uma luva. A juntar a isto, se há equipa com orçamento para tal contratação é a INEOS, com um orçamento a rondar os 50 milhões de euros.
Do outro lado, a Jumbo-Visma sente-se confiante que irá conseguir manter a estrela belga que demonstra estar feliz na equipa holandesa. As importantes vitórias conseguidas este ano deram um estatuto de super-estrela a Van Aert e a Jumbo está a crescer a olhos vistos na Bélgica pelo que o patrocinador quererá mantê-lo. Mesmo não tendo um orçamento tão elevado, o esforço financeiro valeria o investimento.
Do ponto de vista pessoal, há que ter em atenção várias considerações. Primeiro, Wout van Aert nunca escondeu que quererá lutar pela camisola verde no Tour de France e em ambas as equipas há líderes para a Grande Boucle. Em segundo, o belga quer testar-se nas provas por etapas e ver até onde as suas capacidades chegam e, em terceiro, teria que escolher uma equipa onde conseguisse conciliar a estrada e o ciclocrosse, algo que já acontece na Jumbo-Visma.
O que é certo é todas estas notícias podem servir para aumentar o preço de mercado de Wout van Aert e levá-lo a ter um contrato ainda mais chorudo, de uma grande super-estrela quer seja na Jumbo-Visma ou noutra equipa. Também segundo o Wielerflits, o belga de 26 anos poderá destronar Peter Sagan como o corredor mais bem pago do Mundo, auferindo um salário anual de 6 milhões por ano.