As grandes equipas são mesmo assim. Apesar de já ter Primoz Roglic, Steven Kruijswijk, Tom Dumoulin, George Bennett, Sepp Kuss, Tobias Foss, Robert Gesink, Antwan Tolhoek e o próprio Wout van Aert, a Jumbo-Visma procurou reforços para a montanha neste mercado, vincando assim a aposta nas provas por etapas.
O escolhido por parte da Jumbo-Visma foi o holandês Sam Oomen, que passou pela estrutura da Rabobank em 2014 e 2015 e depois se transferiu para a Sunweb, onde estava desde 2016. Oomen é uma eterna promessa, o que fez em 2015 com apenas 20 anos foi muito especial, ganhou o Paris-Tours sub-23, o Rhone Alpes Isere Tour e 2 etapas no Tour des Pays de Savoie, foi 4º na Volta a França do Futuro e 8º no Tour de l’Ain, contra corredores bem mais experientes.
A transição para o World Tour não foi fácil, mas logo em 2016 venceu o Tour de l’Ain e no ano seguinte fez top 10 na Volta a Califórnia e na Volta a Polónia. Em 2018 mostrou ser um ciclista capaz de fazer 3 semanas ao mais alto nível, foi 9º no Giro enquanto ajudava Tom Dumoulin e 7º na Volta a Suíça. Depois foi muito afectado por problemas físicos, tanto em 2019, como em 2020, e ainda não voltou ao nível que apresentava anteriormente.
Esta é uma contratação de 8 ou 80 para a Jumbo-Visma. Caso Oomen consiga voltar ao seu melhor, tem potencial para ser uma das contratações do ano, caso o holandês de 25 anos já não consiga regressar à sua melhor forma, aí o foco recairá sobre ele na mesma, pois ao nível a que o pelotão está a andar não será muito útil na alta montanha, e Oomen foi contratado para isso mesmo. A equipa confia nele e na sua recuperação, tanto que lhe ofereceu um contrato válido por 3 temporadas.
De qualquer das formas, esta é uma excelente oportunidade para Oomen, ingressa numa estrutura holandesa, a sua nacionalidade, e que dá tempo aos ciclistas para encontrarem o seu espaço. Visto que já têm tantos ciclistas para a montanha, o holandês não irá sentir tanta pressão e numa fase inicial não lhe irá ser pedido muito. Se continuasse na Team Sunweb corria o risco de ser enviado para as corridas como líder da equipa, mesmo não estando nas melhores condições, o que lhe iria retirar confiança.