A Volta a Polónia iniciou-se com três etapas planas onde pouco houve a contar. Menção para a combatividade do francês Charles Planet, ciclista diabético da Team Novo Nordisk, que esteve presente nas três fugas dos três dias. No primeiro dia, a vitória foi para Pascal Ackermann, num sprint muito renhido entre o alemão e Fernando Gaviria, com o ciclista da Bora-hansgrohe a ultrapassar o colombiano mesmo na parte final.



O segundo dia viu uma chegada rapidíssima a Katowice, como sempre aconteceu. Atingindo uma velocidade impressionante de mais de 82 km/h, Luka Mezgec venceu, com grande à-vontade a etapa, com Fernando Gaviria a bater novamente na trave, após ter lançado o seu sprint cedo demais. O líder continuou a ser Pascal Ackermann, que foi 3º.

O terceiro dia viu Fabio Jakobsen a ser o primeiro a cruzar a linha de meta, só que o campeão holandês empurrou Marc Sarreau durante o sprint, de forma a ter espaço para passar e lançar o seu sprint. Desta forma, o ciclista da Deceuninck-QuickStep foi desqualificado e a vitória caiu para Pascal Ackermann, que reforçou a liderança. Danny van Poppel foi 2º e Mads Pedersen 3º. Nesse mesmo dia, aconteceu a tragédia que todos já sabemos, com o falecimento de Bjorg Lambrecht, com a etapa 4 a ser neutralizada, com os corredores a percorrem quase todo o percurso de uma forma tranquila, com todas as equipas a passarem pela frente do pelotão, prestando uma homenagem sentida ao jovem belga da Lotto Soudal.



Bielsko-Biala viu mais uma chegada ao sprint, mas com um final mais duro, os protagonistas foram outros no entanto a vitória acabou por sorrir a um homem que já tinha ganho. Luka Mezgec voltou a ser muito superior, ganhando com muita facilidade à frente de Eduard Prades e Ben Swift. Apesar de não ter sprintado, Akcermann chegou no pelotão e manteve a liderança.

Tudo se ia decidir nos últimos dois dias, teoricamente, os mais duros de toda a Volta a Polónia. Ataques e contra-ataques fizeram da etapa 6 a mais animada de toda a semana. A tirada decidiu-se na subida final que terminava a 2500 metros do fim, onde um grupo com Jonas Vingegaard, Jay Hindley, James Knox e Pavel Sivakov se destacou do pelotão. O britânico da Deceuninck-QuickStep não aguentou o ritmo e foram os restantes 3 a discutir o triunfo entre si, com a vitória a sorrir a Vingegaard, que conseguiu o primeiro triunfo da carreira, tornando-se no novo líder da competição, à frente de Sivakov e Hindley. Sergio Higuita chegou a 8 segundos e os restantes favoritos a 10.



Bukowina é uma das cidades mais tradicionais na prova e recebeu a etapa final. Feita num circuito muito duro, voltaram-se a ver muitos ataques mas desta vez foi uma fuga a ter o seu sucesso. E que fuga! Com um ataque a praticamente 60 quilómetros da chegada, Matej Mohoric aguentou a perseguição de tudo e todos para conquistar a vitória com quase 1 minuto de vantagem para Neilson Powless. Os favoritos chegaram todos juntos, a 2:15, com excepção do camisola amarela Jonas Vingegaard, que não aguentou a dureza do percurso, cedendo a 40 quilómetros do fim.

Desta forma, a vitória na classificação geral ficou entregue a Pavel Sivakov. O jovem russo da Team INEOS conseguiu a sua primeira vitória no World Tour, triunfando por escassos 2 segundos à frente de Jai Hindley e 12 para Diego Ulissi. De realçar o equilíbrio desta prova, com o top-10 a estar separado por apenas 16 segundos, bem como os muitos jovens presentes nos 10 primeiros e as vitórias alcançadas por estes ao longo da semana. Amaro Antunes regressou à competição finalizando no 75º posto. Marc Sarreau foi um dos poucos sprinters a terminar e isso valeu-lhe a classificação por pontos, com Simon Geschke a levar a montanha.





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