Potencial dia de sprint na Volta a Catalunha, o perfil apresentava as principais dificuldades na primeira metade da etapa e houve o cuidado das equipas dos sprints de apenas permitir uma escapada de 5 elementos, mais fácil de controlar numa jornada que já não contou com José Joaquin Rojas e Louis Meintjes. Apesar do desfecho da luta pela fuga ter sido favorável às formações dos homens rápidos, não foi nada fácil concretizar isso, chegaram a estar fugidos mais de 1 dezena de corredores. Acabaram na frente Roger Ádria, Nans Peters, David de la Cruz, Torstein Traaen e Chris Juul-Jensen.

A diferença rondou sempre os 3 minutos, algo que era controlável por parte de Ineos-Grenadiers e Cofidis, as equipas que tomavam conta do pelotão e que mais tarde tiveram também a ajuda da Alpecin-Deceuninck. A última contagem de montanha não trouxe grandes alterações, as formações dos sprinters aproveitaram para diminuir substancialmente a vantagem, que passou a cifrar-se em cerca de 1 minuto a 30 kms da meta. O ritmo manteve-se muito elevado porque a aproximação à meta era em ligeira descida e os últimos 4 resistentes, já sem Juul-Jensen, foram absorvidos a cerca de 4 kms da meta, quando a Quick-Step mostrou querer levar Evenepoel bem colocado.




Sem grandes sprinters numa prova tão montanhosa também não havia grandes comboios e após muita hesitação acabou por ser a Israel-Premier Tech a chegar-se à frente para lançar Corbin Strong já na recta da meta. O australiano demorou um pouco a sair e foi antecipado por Bryan Coquard, quando parecia que o francês ia ganhar surgiu um fulgurante Kaden Groves para finalmente aparecer em grande nesta época, batendo Coquard e Strong, aqueles que se colocaram melhor. Foi o primeiro triunfo da temporada para o ciclista de 24 anos que desta vez também se estreou a ganhar pela Alpecin-Deceuninck.

Ivo Oliveira terminou às portas do top 10 e ficou tudo na mesma na classificação geral, com João Almeida a manter o 5º posto.

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