A última etapa da Vuelta foi tudo menos um passeio para os ciclistas. É certo que a primeira fase foi tranquila, com as tradicionais fotos e brindes entre os muitos ciclistas ainda em prova, incluindo os 5 portugueses que começaram em Barcelona.

As primeiras voltas ao circuito em Madrid foram feitas de forma tranquila, sem fuga Kaden Groves aproveitou para somar mais 20 pontos e aumentar a sua vantagem. A 45 quilómetros do fim começaram os ataques, com Nico Denz e Lennard Kamna a sair do pelotão. Seguiram-se Rui Costa, Remco Evenepoel, Kaden Groves e Filippo Ganna. Grupo perigoso na frente, com motores como Evenepoel e Ganna, o que obrigou o pelotão a unir esforços com EF Education, Team DSM, Lotto-Dstny e UAE Team Emirates a perseguirem.





Apesar de tudo, a vantagem teimava em não cair a olhos vistos. Com apenas 15 segundos para os derradeiros 10 quilómetros parecia que a fuga estava condenada mas aconteceu o contrário. Já dentro do quilómetro final a fuga começou a entreolhar-se e isso permitiu que o pelotão, a grande velocidade e liderado pela Intermarché conseguisse chegar.

Evenepoel queria discutir a etapa, arrancou de muito longe, ainda com mais de 700 metros para o fim. Isso deu vida à fuga e permitiu que discutissem a vitória. Groves aguardou pelo momento certo e, também com um sprint longo, pedalou para o hat-trick e para a confirmação da camisola verde. Ganna foi 2° e Denz 3°. Rui Costa terminou em 6º, fechando a Vuelta com mais um top 10.

Dia de consagração para Sepp Kuss, vencedor da Vuelta, acompanhado no pódio pelos colegas Jonas Vingegaard e Primoz Roglic. João Almeida finalizou mais uma Grande Volta entre os melhores, em 9°. Como referido, Kaden Groves venceu os pontos, Remco Evenepoel venceu a montanha e foi eleito o super-combativo da Vuelta e Juan Ayuso foi o melhor jovem.

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