Penúltima oportunidade para os trepadores fazerem diferença neste Giro 2022 e quando se esperava mais uma “fuga bidone” incluindo vários ciclistas dentro do top 20, acabou por ser uma escapada repleta de roladores e sem grandes perigos a dominar a jornada. Koen Bouwman, Attila Valter, Alessandro Tonelli, Magnus Cort, Mauro Schmid, Clement Davy, Edward Theuns, Davide Ballerini, Fernando Gaviria, Edoardo Affini, Tobias Bayer e Andrea Vendrame foram os 11 elementos a escapar-se ao pelotão e a conseguir uma vantagem de 12 minutos.

A diferença até seria maior não fosse o controlo de corrida da Bora-Hansgrohe, que viu Richard Carapaz ficar sem Richie Porte devido a problemas estomacais. No entanto, quando todos pensavam que a equipa alemã iria partir o pelotão na principal subida do dia, na realidade apenas foi feita uma selecção a ritmo e não houve ataques. Entretanto, na frente da corrida, ficavam os melhores na montanha a comandar a etapa: Tonelli, Schmid, Bouwman e Valter.

Andrea Vendrame conseguiu recolar na descida e o quinteto foi trabalhando junto até à subida final, alargando até a vantagem para o grupo dos favoritos, onde o ritmo baixou muito e onde a Bora-Hansgrohe deixou de perseguir. Acabou por ser a Ineos-Grenadiers a forçar o ritmo e a deixar Jai Hindley isolado na subida final e até foi o camisola rosa Richard Carapaz o primeiro a atacar. Tal como em dias anteriores não se fizeram diferenças entre Carapaz, Landa e Hindley, apenas Guillaume Martin ganhou alguns segundos.




Quanto à discussão pela etapa houve uma marcação cerrada durante a subida entre os 5 da frente e tudo se decidiu ao sprint, em que Mauro Schmid abriu as hostilidades. O suíço ficou do lado esquerdo da estrada, fez as 2 últimas curvas por dentro, mas na última foi ligeiramente fechado por Koen Bouwman, o que obrigou Schmid a travar, a alargar a trajectória e quase a provocar a queda dos restantes. No final ganhou Bouwman, diante de Schmid e Tonelli.

 

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