Regresso da alta montanha e das chegadas em alto a este Tour, o Grand Colombier ia ser palco de um teste de forças entre os favoritos numa jornada bem curta. Os primeiros quilómetros voltaram a ser alucinantes, meio pelotão queria ir para a fuga e por isso mesmo a média na fase inicial foi de 52 km/h. Passado praticamente 3 dezenas de quilómetros finalmente se destacou um grupo de 20 elementos, constituído por Michal Kwiatkowski, Quentin Pacher, Alberto Bettiol, James Shaw, Kasper Asgreen, Matej Mohoric, Fred Wright, Jasper Stuyven, Adrien Petit, Mike Teunissen, Georg Zimmermann, Nelson Oliveira, Hugo Houle, Luca Mozzato, Pascal Eenkhoorn, Maxim van Gils, Cees Bol, Harold Tejada, Anthon Charmig e Pierre Latour.
Por momentos ainda se pensou que o vencedor da tirada estava aqui, mas minutos depois desta fuga se formar a UAE Team Emirates apareceu na frente do pelotão para tentar controlar este grupo com Bjerg, Trentin e Laengen. O ritmo continuou elevadíssimo, num duelo de 20 ciclistas contra os 3 da UAE, a fuga foi esticando um pouco a vantagem, especialmente durante a descida após o sprint intermédio, altura em que Pierre Latour descolou da frente e Caleb Ewan abandonou a corrida, ele que já tinha passado grandes dificuldades nos últimos dias.
O grupo dianteiro entrou no Grand Colombier com 3:50 de vantagem para o pelotão, o que alimentava a esperança dos melhores trepadores. Pacher foi o primeiro a tentar na frente da corrida, apanhado a 12 kms da meta por Tejada, van Gils e Shaw, só que este trio foi surpreendido por um fulgurante Michal Kwiatkowski, que julgou as rampas do Grand Colombier na perfeição. O ritmo da UAE fazia ceder Bardet, Pinot e Martin, mas pouco mais do que isso, o polaco mantinha uma boa vantagem, na ordem dos 2:45 a 6 kms da meta.
A formação de Pogacar bem tentou alcançar as bonificações e a frente da corrida, usou Grosschartner e Majka ao máximo, até Adam Yates atacou e deixou para trás Gall, Gaudu, Bilbao e Meintjes. Yates foi trabalhando até ao ataque de Pogacar a 450 metros da meta, o esloveno seguiu a um ritmo alucinante e quebrou novamente a resistência de Jonas Vingegaard, que cedeu alguns metros. Ultrapassou James Shaw mesmo em cima da meta para conquistar a bonificação de 4 segundos equivalente ao 3º lugar, ganhando ao camisola amarela mais 4 segundos na estrada. Kwiatkowski resistiu até final diante de Maxim van Gils e Pogacar está agora apenas a 9 segundos de Jonas Vingegaard.
Contas feitas, o dinamarquês tem agora 9 segundos de vantagem para Tadej Pogacar e ambos distanciaram ainda mais Jai Hindley. Pello Bilbao foi um dos derrotados do dia ao ser ultrapassado pelos irmãos Yates e Thibaut Pinot saiu do top 10 para dar lugar a Sepp Kuss. O melhor português na jornada foi Nelson Oliveira, que esteve na fuga e terminou em 33º.
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