Para a etapa teoricamente mais acessível da Volta a Portugal, com partida em Ponte de Sôr e chegada em Castelo Branco, esperava-se uma chegada ao sprint, numa das raras chances para os homens rápidos nesta “Grandíssima”. No entanto 3 elementos tiveram outras ideias e desde cedo se lançaram ao ataque: Kyle Murphy, Marvin Scheulen e Andrew Turner. Foram apanhados, tentaram novamente e conseguiram uma boa vantagem, que chegou mesmo aos 9:10 a meio da jornada, algo que levou a uma reação do pelotão.
Primeiro a Tavfer-Measindot-Mortágua assumiu sozinha as despesas da corrida e só mais tarde teve a ajuda da Kern Pharma e da Caja Rural, pensando em Iuri Leitão, Enrique Sanz e Orluis Aular, respectivamente. O esforço redobrado das formações espanholas fez com que a diferença baixasse para 2:45 a 20 kms da meta, o que ainda era uma margem perigosa.
10 quilómetros passavam e a diferença era de 1:10, numa altura em que já estava garantida a subida ao pódio de Marvin Scheulen, como novo líder da montanha que, a 6 quilómetros do fim ficava para trás, deixando Murphy e Turner na frente. Numa das últimas dificuldades, a 3 quilómetros da chegada, era a vez de Turner ceder, ficando o norte-americano da Rally Cycling sozinho na frente.
Apesar de fatigado, a vantagem de Murphy foi suficiente para entrar isolado no empedrado de Castelo Branco e celebrar a primeira vitória da carreira! Joni Brandão atacou dentro do quilómetro final e foi 2º, ganhando 5 importantes segundos ao pelotão, onde Lluis Mas foi 3º à frente de Daniel Freitas. Rafael Reis chegou bem na frente e mantém a liderança.
Foto: FPC