De 2020 para 2021 um dos plantéis que menos alterações sofreu foi o da LA Alumínios/LA Sport. Continuam 2 características essenciais que o projecto mantém desde que passou a equipa Continental, uma maioria de jovens sub-25 e um alinhamento totalmente português.



A temporada anterior não correu propriamente de feição, a escassez de provas não permitiu mais visibilidade, todos tiveram poucas oportunidades de obter resultados vistosos. Emanuel Duarte foi 15º no Troféu Joaquim Agostinho e depois foi afectado por quedas e azares na Volta a Portugal, que viu André Ramalho (22º na geral) e Marvin Scheulen (com uma fuga em solitário que ficou na retina) evidenciarem-se.

Emanuel Duarte é precisamente 1 de 3 saídas que os comandados por Hernâni Broco registam. O vencedor da classificação da juventude na Volta a Portugal em 2019 e que semanas depois também conquistou a Volta a Portugal do Futuro foi para o Atum General/Maria Nova Hotel/Tavira. O caminho inverso foi feito por Marcelo Salvador, jovem da região da Grande Lisboa, que já representou a selecçao nacional nas camadas jovens e que venceu a classificação da montanha na Volta a Portugal do Futuro. Na equipa de Tavira nunca chegou a correr oportunidades e a formação que tem a sua base na Margem Sul dar-lhe-á espaço para continuar o seu crescimento.



A LA Alumínios/LA Sport tem por hábito tem 1 ou 2 ciclistas mais experientes, uma “âncora” do plantel que pode passar muita experiência e capitanear os mais jovens na estrada. Em 2020 esse papel coube a Bruno Silva e em 2021 será de Sérgio Paulinho, um regresso surpreendente a uma estrutura onde esteve em 2004, quando foi medalhado olímpico, campeão nacional de contra-relógio, e venceu 2 etapas na Volta a Portugal. O regresso a Portugal depois de 12 temporadas no World Tour não foi propriamente bem sucedido em termos de resultados nas principais provas, mas aos 40 anos Sérgio Paulinho ainda disfruta claramente da bicicleta e com menos pressão em cima dos ombros pode fazer uma gracinha enquanto ajuda os seus colegas. Já não tem grande capacidade de explosão, mas rola muito bem e em 2019, por exemplo, foi 3º no Troféu Joaquim Agostinho.

As entradas são apenas Sérgio Paulinho e Marcelo Salvador, sendo que às saídas de Emanuel Duarte e Bruno Silva (para a Antarte-Feirense) se soma a de David Ribeiro, que optou por terminar a carreira de ciclista profissional. Sendo que o plantel registado na UCI é de 10 elementos, houve 8 renovações.

Podemos dividir estes 8 ciclistas em 2 grupos. O primeiro grupo é composto por André Ramalho, Gonçalo Leaça, Marvin Scheulen e Carlos Salgueiro, nascidos entre 1996 e 1999, já com alguma experiência a este nível, e que já estão à procura de resultados. André Ramalho foi 22º este ano e é um bom trepador, Gonçalo Leaça é um ciclista explosivo que já deu nas vistas na Volta a Portugal do Futuro, Marvin Scheulen é um bom rolador especialista em fugas e Carlos Salgueiro um enorme talento que já representou a selecção nacional diversas vezes nas camadas jovens, também faz ciclocrosse no Inverno e nas colinas curtas e inclinadas está na sua praia.



O segundo grupo tem ciclistas muito jovens, nascidos em 2000 ou mais cedo, ainda sem grande experiência em corridas UCI. João Macedo, Rodrigo Caixas, João Medeiros e Rafael Gouveia são os “benjamins” por assim dizer, com espaço para crescer e evoluir. Rodrigo Caixas é o corredor que já está na estrutura há mais tempo, competiu bastante em 2019 e também se destaca habitualmente na pista. João Macedo chegou à equipa em 2020 depois de uma fantástica temporada de 2019 enquanto júnior, com muitas vitórias e pódios à mistura, até em Espanha.

 

Foto: Facebook LAsport

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