Dia “J” no UAE Tour, “J” de Jebel Hafeet, a subida que iria decidir a classificação geral desta corrida do World Tour, ainda com tudo em aberto. O quarteto que se formou na frente da corrida composto por Emanuel Buchmann, Jonas Rickaert, Silvan Dillier e Mark Stewart chegou a ter uma vantagem de 8 minutos, mas a esperança destes ciclistas foi desfeiteada pelo … vento. A cerca de 70 kms da meta, o pelotão começou a acelerar face à ameaça de “bordures” e estas aconteceram mesmo, o grupo principal ficou dividido em 3 grupos mais pequenos.



Houve algum reagrupamento entre o 1º e o 2º grupo a 40 kms da meta, numa altura em que a diferença para os 4 da frente estava em 1:40. Havia muito nervosismo e constantes acelerações no pelotão, mas não havia um bloco muito forte capaz de fazer diferenças no terreno plano, as equipas variavam no comando do grupo. Jebel Hafeet não perdoou para quem passava um mau dia, inicialmente perante o ritmo da Decathlon-Ag2r e a tirada foi fatal para a UAE Team Emirates, primeiro descolou Brandon McNulty, depois foi a vez do líder da corrida, Jay Vine, colocando assim Ben O’Connor numa posição incrível para ganhar a classificação geral.

Emanuel Buchmann ainda resistia na frente da corrida, mas apenas com 30 segundos à entrada dos 5 kms finais, uma altura em que os ataques começaram. Ben O’Connor jogava mais na defensiva, a responder aos ataques de Pello Bilbao, Max Poole e dos belgas Lennert van Eetvelt e Ilan van Wilder. Lennert van Eetvelt voltou a acelerar nos últimos 2000 metros e ganhou aí sim um espaço muito importante. O jovem belga voou na parte final e festejou na linha de meta com 22 segundos de vantagem para o grupo perseguidor, liderado por um combativo Pello Bilbao, com Ben O’Connor a fechar o pódio da etapa e a bonificar 4 segundos.



Estas diferenças reviraram, por completo, a classificação geral final. Quando parecia que Ben O’Connor iria assegurar o triunfo, a vitória no UAE Tour sorriu a Van Eetvelt, vencendo por 2 segundos face ao australiano e 11 para Bilbao. Recuando um pouco na corrida, a etapa plana em que o belga da Lotto-Dsnty esteve em fuga conseguindo 6 segundos de bonificação nos sprints intermédios tornou-se decisiva no desfecho final da prova.

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