Existe a tentativa clara da Lidl-Trek tentar subir nos rankings para 2024, depois das entradas de Andrea Bagioli, Jonathan Milan e Tao Hart (líderes para as clássicas, sprints e provas por etapas, respectivamente), a formação norte-americana recrutou mais 4 corredores para fortalecer precisamente esses blocos e com ciclistas bem conhecidos.



Todas as equipas precisam de ciclistas mais experiente, veteranos que servem como “capitães na estrada”, que ajudam os directores desportivos a coordenar todas as operações e auxiliam na evolução e na aprendizagem dos mais jovens. Esta formação vai perder Tony Gallopin, que era quem fazia isso nesta estrutura, visto que o francês se vai retirar, e teve de ir ao mercado ir buscar alguém para esta função. A aposta recaiu em Fabio Felline, italiano de 33 anos que estava na Astana e que antes de ir para a equipa cazaque esteve na estrutura da Lidl-Trek entre 2014 e 2019. O contrato é válido por 1 temporada para o transalpino, ele que quando esteve na equipa anteriormente era em funções diferentes.

Com a contratação de Jonathan Milan a equipa optou por ter 2 grandes sprinters e para isso também é preciso 2 comboios mais estruturados para tudo funcionar melhor (o de Pedersen será com Kirsch e Stuyven na mesma). O lançador de Jonathan Milan deverá ser Simone Consonni, corredor italiano de 28 anos que estava na Cofidis desde 2020. Consonni tinha funções mistas na formação francesa, durante parte do ano era lançador de Bryan Coquard, noutras corridas tinha oportunidade de sprintar.

A sua melhor temporada foi em 2022, fez um calendário muito bom para as suas características, mais afastado de Coquard e foi muito importante para a Cofidis em termos de UCI World Ranking, sozinho fez 800 pontos. No entanto creio que percebeu que como sprinter não terá capacidade para mais do que ser um corredor consistente de top-10 no World Tour e as equipas principais perceberam a importância dos lançadores, são cada vez mais valorizados contratualmente. Deverá ter um papel semelhante ao de Danny van Poppel na Bora-Hansgrohe.



Quem também provavelmente irá entrar neste comboio como “3º elemento” é o sul-africano Ryan Gibbons, que em 2021, 2022 e 2023 alinhou com as cores da UAE Team Emirates. O corredor de 29 anos é muito completo e tem explosão e experiência para desempenhar esse papel. Para além disso é alguém habituada a alinhar em Grandes Voltas, já soma 7 na carreira e potencialmente pode fazer parte de um bloco do Giro que tenha Ciccone e Milan, pode ajudar esses 2 líderes tanto no lançamento de sprints como na média montanha. Para além disso, Gibbons também se defende no contra-relógio e será bem útil em contra-relógios colectivos.

Para a montanha a Lidl-Trek aposta em Patrick Konrad, ele que está na mesma faixa etária dos ciclistas previamente referidos (entre os 28 e 31 anos). É o fim de um ciclo para o austríaco, que estava na Bora-Hansgrohe há quase 1 década. Em 2018 ainda se pensou que poderia ser um líder para a estrutura alemã, quando fez 7º na Volta a Itália e realizou a sua melhor temporada até então, só que nunca se conseguiu afirmar como tal e desde então quando se apresenta em Grandes Voltas é para caçar etapas ou ajudar um colega na classificação geral.



É uma contratação necessária, está claro que a equipa norte-americana pensa em Tao Hart para liderar em Grandes Voltas, veremos qual é a ideia para Ciccone e Skjelmose, mas falta um bloco de montanha para auxiliar o chefe de fila, Lopez e Mollema não chegam e mesmo com a adição de Konrad parece-me que faltam ainda aqui 2 ou 3 peças, corredores completos que andem bem na montanha.

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